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Enviada em: 07/04/2018

Gilberto Freyre, afirmava que o Brasil seria uma sociedade na qual haveria miscigenação e portanto convívio harmonioso entre as "raças". Tal ideia foi refutada por Florestan Fernades, sociólogo que a partir de seus estudos inspirou o movimento negro à lutar pela igualdade. Nesse contexto, percebe-se que o reconhecimento da existência do racismo e preconceito, seu estudo e divulgação foram primordiais para iniciar o combate ao racismo.     Seguindo essa lógica, percebe-se que o racismo no Brasil é institucional, ou seja, o Estado não oferece as mesmas oportunidades, de fato, à todos. O mito da democracia racial, é prova disso, já que muitas vezes é usado como desculpa para descreditar ações afirmativas e políticas e leis direcionadas aos afrodescendentes. A educação, é uma das maiores áreas de discriminação e desigualdade, o que dificulta ainda mais o combate ao racismo. Afinal, o ser humano é aquilo que a educação faz dele.      Ademais, é importante destacar que biologicamente existe apenas a espécie humana, não ocorreu ainda a diferenciação de raças devido ao tempo geológico do surgimento da espécie. Sendo assim, é de suma importância divulgar, ensinar de fato, que toda a sociedade brasileira é igual, para que assim não só o racismo institucional seja combatido, mas o racismo pessoal, incorporado nos brasileiros desde os primórdios da colonização portuguesa.       É perceptível, portanto, a necessidade de combater o racismo no Brasil. Para isso, é necessário seguir dois caminhos: o combate ao racismo institucional, com a colocação de governantes que exerçam a luta pela igualdade através de ações afirmativas e aumento da rigorosidade sobre a legislação anti racismo. E também o combate ao racismo pessoal com campanhas governamentais divulgando a igualdade dos brasileiros como espécie e não como raça, já que biologicamente é o correto. Assim será possível atingir, verdadeiramente, uma democracia racial.