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Enviada em: 01/03/2019

De acordo com o sociólogo Karl Marx, as transformações ao longo da história ocorriam quando as contradições inerentes ao bom funcionamento da vida em sociedade tornavam-se insustentáveis. Nesse sentido, diante das contradições econômicas evidenciadas no panorama brasileiro, a sociedade tem buscado formas de escapar desse ambiente ou criar alternativas para sobreviver à recessão. Assim, torna-se promissor observar as organizações no enfrentamento desse cenário, bem como os obstáculos inerentes a essas iniciativas.       Em uma primeira análise, torna-se perceptível que a atual crise econômica tem repercutido diretamente nas formas de inovações sociais e econômicas. Tal realidade pode ser observada pelo levantamento do IBGE, em que mais de 20 milhões de pessoas trabalham de forma autônoma. Diante dessa veracidade, evidenciamos inúmeras mudanças no cenário brasileiro, como o crescimento de microempreendedores individuais, levando diversas pessoas a abrirem seus próprios negócios. Assim, indubitavelmente percebe-se o quanto uma parcela da sociedade tem buscado contornar a instabilidade do mercado no Brasil.      Outrossim, é factível que a falta de amparo do Poder Público em garantir a flexibilidade da população frente à resseção do país tem se tornado um campo fértil para a desconjuntura social. Em consonância com o filósofo Schopenhauer, os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo. Partindo desse pressuposto, o descaso de politicas sociais, como a falta de uma educação financeira, repercute, negativamente, na visão crítica da população em construir alternativas resilientes para um equilíbrio econômico mais holístico. Dessa maneira, é notório que a polivalência dos cidadãos no enfrentamento econômico do país, torna-se deficitária em decorrência do descaso de iniciativas proativas pelo Poder Público, o que reflete no crescimento de pessoas vulneráveis financeiramente e sem uma expectativa de vida.         É imperioso, portanto, mecanismos enérgicos que orientem a população a contornar os obstáculos financeiros do país. Primeiramente, cabe ao Ministério da Educação, em paralelo com o Procon proporcionar um ambiente social que enfatize a importância de um pensamento crítico com relação ao equilíbrio financeiro, por intermédio de diálogos nos meios de comunicação e palestras interativas entre a população e profissionais qualificados no desenvolvimento de uma estabilidade frente as crises do mercado. Por fim, cabe ao Sebrae disponibilizar cursos gratuitos de orientação e preparação para os indivíduos que desejam abrir seus próprios negócios, a fim de que suas iniciativas convergem para as necessidades de suas realidades.