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Enviada em: 08/07/2019

A crise do Encilhamento, em 1889, constitui um dos momentos brasileiros de maior instabilidade econômica, provocada, sobretudo, pela tentativa de industrializar a jovem república por meio da emissão de papel-moeda. Desde então, a população do Brasil depara-se com intensos empecilhos socioeconômicos motivados pela intervenção estatal, o que exige a emergência de ideias positivas da própria população para contornar tal crises. Hodiernamente, tais soluções são protagonizadas pelo mercado informal e pelos empréstimos, motivadas pelo desemprego estrutural e pela falta de incentivos fiscais governamentais. Logo, são urgentes ações sinérgicas entre os órgãos públicos e privados.       Nesse contexto, é pertinente mencionar a atuação de trabalhadores sem oficialização como um dos meios utilizados pela sociedade brasileira para enfrentar o desemprego provocado pela atual crise. Em verdade, a opção tem sido aderida por quase 37 milhões de cidadãos, de acordo com o IBGE, os quais são responsáveis por mais da metade dos lucros de microempresas regulamentadas. Contudo, a atuação incoerente de órgãos ficais representa um obstáculo ao amplo desenvolvimento dos empreendedores. Dessa forma, é necessário a atuação dos agentes fiscalizatórios para a atenuação dos conflitos, auxiliando os desempregados que buscam a ascensão econômica.       Outrossim, os empréstimos configuram um dos mecanismos mais recorridos pelos brasileiros, os quais possibilitam a manutenção de um capital satisfatório para movimentação de recursos em empresas e a própria estabilidade financeira do indivíduo. De fato, entre 2016 e 2017 houve um aumento significativo nos números de contratos de créditos consignados, grande parte no estado de São Paulo, segundo a empresa Acess, empresa gestora de documentos e informações. Todavia, as taxas cobradas podem contabilizar valores superiores ao lucro (valor obtido após a retirada dos gastos da quantia investida), atuando como um prejuízo ao investidor. Destarte, é primordial a moderação das taxas por parte das iniciativas privadas credoras, respaldando os possíveis devedores.        À luz dessas considerações, urgem medidas das autoridades competentes a fim de possibilitar o desenvolvimento das formas de organização exemplificadas. Para tanto, cabe às estruturas de fiscalização governamentais a suavização das inspeções, por meio da flexibilização das normas regentes do mercado desregulamentado, com o fito de possibilitar um meio econômico propenso ao desenvolvimento dos empreendedores informais. Ademais, as instituições privadas credoras devem buscar a moderação dos juros, por intermédio de parcerias com economistas, os quais forneceriam previsões da situação socioeconômica do país, possibilitando a imposição de taxas justas, a fim de facilitar a aquisição de empréstimos. Assim, é possível a construção de um cenário favorável.