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Enviada em: 23/03/2019

Controle de preços semanais,estocagem de alimentos,congelamentos de preços.Essas foram algumas  das estratégias criadas pelas famílias brasileiras no tumulto inflacionário na década de 1990,supracitado no livro "Saga brasileira" da jornalista Miriam Leitão.Apesar de superado a inflação excessiva,hoje.a sociedade ainda busca formas para sobreviver perante a crise atual,hajam vista,a burocracia da máquina pública e ao crescente desemprego que tende a impulsionar o trabalho informal.Desse modo,é válido analisar as formas de enfrentamento de problemáticas econômicas no Brasil.       É indubitável o quão a burocracia estatal dificulta o desenvolvimento dos setores da economia.Tal óbice é traduzido pelas inúmeras obrigações tributárias que as empresas cumprem para trabalhar,as quais encarecem o produto e/ou serviço ofertado e inviabilizam a aquisição.Com a progressão desse cenário,irrompe o desemprego e as dificuldades de brasileiros para arcar com suas respectivas responsabilidades diárias,já que os setores passam a não possuir recursos para pagar seus colaboradores.Logo,a sociedade se vê obrigada,assim como no livro da Miriam Leitão,a criar meios alternativos de trabalho.     Ainda,por meio desse efeito cascata,novos formatos de emprego são pleiteados por pessoas e também pelas próprias empresas no contexto de instabilidade econômica.Nessa perspectiva,o trabalho informal passa a nortear o cotidiano de vários brasileiros,posto que não há CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social - assinada,tampouco,a obrigatoriedade de pagamentos de impostos,como INSS e FGTS,pelas empresas envolvidas no processo da informalidade.Todavia,essa cadeia viciosa inicia a descapitalização dos governos,que passam a requerer reajustes fiscais e a fiscalizar o modo de ofício das pessoas.   Portanto,assim como o Brasil sofreu e sobreviveu a saga da hiperinflação no limiar da redemocratização,a sociedade atual também conseguirá superar a crise vigente.Mas,para isso,cabe ao Ministério da Fazenda e do Planejamento inibir o protecionismo para garantir fluidez e redução de preços de insumos das empresas brasileiras,bem como flexibilizar o empreendedorismo,por meio de isenções fiscais e facilitações à abertura e ao crescimento de pequenos negócios.Tais medidas poderão suavizar o desemprego e,por conseguinte,a perda de capital dos governos neste período de incertezas.