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Enviada em: 11/04/2019

Percebe-se que, desde o Iluminismo - processo desenvolvido para corrigir as desigualdades sociais - uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o alto índice de desdenho da população em relação às formas de organização da sociedade para o enfrentamento de problemas econômicos no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não, desejavelmente, na prática. Devido isso, a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse contexto, convém analisar as principais causas de tal postura negligente para com a sociedade.    Sob esse viés, é inegável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo da educação, Paulo Freire, se a educação por um lado, não altera o mundo, por outro, sua ausência torna inviável qualquer mudança. De maneira análoga, tal fato se reflete nos ínfimos investimentos governamentais em medidas na base educacional que incentivem o ensino, em escolas públicas sobre a importância das diferentes formas de organização da sociedade para o enfrentamento de problemas econômicos no país e, devido à falta tanto de administração quanto de fiscalização pública, por parte de algumas gestões, isso não é firmado.    Por conseguinte, é que atrelado à falta de investimentos governamentais na educação brasileira, o grande desinteresse social sobre as mais variadas alternativas econômicas é um impulsionador desse impasse. Nesse sentido, o sociólogo Durkheim afirma que o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Ao seguir essa linha de raciocínio, nota-se que é de extrema necessidade que ocorra uma mudança da mentalidade social.    Portanto, é mister que indivíduos e instituições públicas cooperem para atenuar a problemática. Cabe aos cidadãos repudiar à pratica de qualquer tipo de exclusão de alguma forma de organização social econômica, por meio de debates nas mídias sociais, capazes de desconstruir a prevalência de uma ação prejudicial sobre a população. O Governo Federal deve, por meio do Poder Legislativo, implantar leis que aumentem as verbas públicas destinadas à educação brasileira, para que haja uma melhoria da consciência social sobre as consequências que a exclusão das formas de organizações sociais  para  o enfrentamentos de problemas econômicos podem acarretar à sociedade, além de promover campanhas de abrangência nacional, a fim de que haja uma mudança das atitudes sociais.