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Enviada em: 17/07/2019

Com a deflagração da grande crise econômica de 1929, o governo americano, em contrapartida ao cenário vigente, resolveu garantir o pleno emprego à população, como forma de resgatar a economia nacional. Hodiernamente, tendo em vista o atual contexto de crise, ao contrário do caso anterior, o Estado brasileiro promoveu reformas trabalhistas que dificultam a seguridade empregatícia, o que gerou uma ampla onda de desemprego. Tal contexto força os indivíduos a se sujeitarem à instabilidade da autonomia empresarial e da informalidade, de modo que configura uma mazela social a ser discutida.       Uma das principais maneiras utilizadas pelos indivíduos para escapar da falta de postos disponíveis de trabalho é a abertura da própria empresa. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), apenas no ano de 2016, foram registradas mais de meio milhão de novos negócios; no entanto, os números apresentados contradizem as dificuldades de realizar esses empreendimentos. Além da necessidade de aplicação de um capital inicial, a enorme burocracia, juntamente com os altos impostos cobrados pelo país, reduzem drasticamente o potencial lucrativo das pequenas empresas. Esse desastroso contexto, aliado à redução do poder de compra da população gerado pela crise, acarreta a rápida falência desses empreendedores. Como prova disso, o instituto supracitado, no mesmo ano, registrou o fechamento de quase um milhão de estabelecimentos comerciais.       Além disso, outro modo encontrado pelo povo para superar os impasses econômicos é o emprego informal. Diferentemente dos casos anteriormente citados, grande parcela da população prefere trabalhar fora da observação do governo, com o intuito de fugir das excessivas tarifas. Em consonância com esse fato, o IBGE divulgou que o número subempregos superou o de trabalhos formais em 2017. Porém, sob essas condições, o cidadão fica à margem da lei e passível de punições, assim como subordinado às más condições de trabalho, tratamentos abusivos e má remuneração, sem o respaldo de agentes legais. Ademais, quando esses meios empregatícios não sucedem, muitos indivíduos apelam para a criminalidade, o que piora ainda mais o panorama da nação.       Portanto, os brasileiros enfrentam barreiras para contornar a crise econômica no país. Para superar esse quadro, é necessário precipuamente que o Estado, em detrimento da flexibilização das metas tributárias, forneça incentivos fiscais aos pequenos empresários,  com o intuito de potencializar seus desempenhos comerciais. Por fim, o Governo, em conjunto com essas empresas, por meio da promoção cursos de capacitação, deve preparar a população e abrir vagas de emprego, para que a taxa de trabalho informal diminua e, consequentemente, haja o aumento da arrecadação aduaneira do país. Dessa forma, a economia seria reaquecida e a crise, superada.