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Enviada em: 29/07/2019

Surgido na Inglaterra, século XIX, o modelo industrial do capitalismo trouxe, junto com o avanço tecnológico, a ameaça do desemprego. Porque, o trabalho humano servil, como no feudalismo, ou o escravo foram gradativamente sendo substituído por máquinas. Assim, com o passar do tempo, os que não se adequavam às novas demandas do mercado de trabalho que exigia mão de obra qualificada foram marginalizados. Logo, esses precisam sobreviver por meio de novas organizações econômicas.    Quando há conflitos territoriais, desastres naturais ou qualquer situação de ameaça à vida ocorre migrações humanas em busca de segurança. Devido a essa situação de deslocamento forçado, muitos desses migrantes procuram meios de sobrevivência em novos tipos de organização econômica. Por exemplo, no ano de 1910, fugidos da perseguição sofrida na Rússia czarista, grande contingente de judeus migraram para Palestina. No entanto, no novo território, frente a hostilidade dos árabes, sem ocupação, vítimas do xenofobismo, mas precisando sobreviver; esses judeus se agruparam nos chamados Kibutz, cooperativas de inspiração socialista, e criaram uma comunidade com uma nova organização. Tudo ali era compartilhado e a agricultura era ensinada a todos, assim eles viviam em uma comunidade autônoma, com um governo próprio, e autossustentada por seus membros os quais possuíam igualdade social entre si.    Ademais, ainda hoje, devido a sociedade de consumo, caracterizada pelo doutor em ciências sociais Anderson M. Retondar como uma sociedade marcada pelo desejo da aquisição do supérfluo; a pessoa que não está inserida no mercado de trabalho fica excluída do convívio em sociedade. Então, como meio de se inserir na lógica de consumo capitalista, ainda que sem carteira de trabalho assinada ou condições seguras de trabalho, desempregados procuram no trabalho informal seu meio de sobrevivência. No Brasil, segundo dados do IBGE publicados em janeiro de 2019, mais de 25% dos brasileiros não tinham registro formal em 2018. Registrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD), esse foi o maior número de pessoas trabalhando sem carteira  assinada já registrado desde 2012. Essas sofrem pela ausência de renda fixa e por não receber caso não trabalhe.    Portanto, para que excluídos do mercado de trabalho se insira na sociedade capitalista, busca-se novas organizações econômicas para sobreviver. Naquele primeiro caso, vivendo de forma comunitária e no último se submetendo à informalidade. Logo, para se evitar que desempregados fiquem expostos às variações do mercado de trabalho informal, o Ministério do Trabalho deve promover, nas regiões de maior desemprego, o comércio local incentivando-no por meio de subsídios. Assim, pequenos comerciantes conseguem concorrer com os maiores e ainda empregar mão de obra local.