Materiais:
Enviada em: 07/08/2019

"No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho". Por meio desse trecho do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade, percebe-se que a sociedade, ao longo de seu desenvolvimento, encontra percalços. Hodiernamente, nota-se que um dos obstáculos enfrentado é a lógica capitalista de trabalho que desenvolveu uma noção individualista na sociedade. Neste cenário, é preciso encontrar novas formas de organização da sociedade para que os problemas econômicos brasileiros sejam superados.     Primeiramente, é válido ressaltar a presença de um sistema econômico que visa o lucro acima de tudo. De acordo com uma pesquisa realizada pelo o IBGE, em 2018, a taxa de empregos informais e autônomos alcançou seu maior índice. Neste contexto, percebe-se uma sociedade cada vez mais desarticulada, em que cada pessoa trabalha para sua própria sobrevivência e o Estado não consegue conter tal avanço, o que gera a crise no país. Pois, segundo o sociólogo Durkheim, dentro das grandes cidades desenvolve-se a chamada solidariedade orgânica, em que, apesar da maior liberdade de expressão, o indivíduo não consegue alcançar um sentimento de pertencimento.     Por consequência, obtém-se o desenvolvimento de um pensamento voltado para o individual em detrimento do bem coletivo. A esse respeito, é possível analisar o histórico de como a sociedade foi organizada ao longo do tempo, visto que, no início, junto ao surgimento dos primeiro grupos sedentários, cada um possuía uma função especifica essencial para a sobrevivência do grupo, como a pesca, caça e o preparo do alimento. No entanto, com o passar do tempo, a sociedade se tornou mais complexa e os resultados das ações individuais se tornaram difíceis de serem observadas dentro das relações sociais. Portanto, observa-se que esse pensamento, em conjunto com a noção capitalista de maior produtividade, fez com que cada um focasse cada vez mais nos benefícios a si mesmos.     Logo, faz-se necessário uma modificação na forma organizacional da sociedade atual. Em suma, para que a noção de individualismo seja quebrada e as pessoas possam desenvolver uma preocupação com o coletivo e um senso de pertencimento, urge que ONGs criem um projeto chamado "Nós somos a nação!". Nesse projeto, deverão ser promovidas palestras e workshops em pontos estratégicos da cidade, como escolas e centros de convenções e eventos, em que sejam apresentadas profissões e grupos que desempenham funções especificas, mostrando que todos possuem importância e, assim, mais um obstaculo poderá ser ultrapassado.