Materiais:
Enviada em: 20/08/2019

O brasileiro busca várias formas de organização e sobrevivência em tempos de crise, o que é positivo, mas traz grandes desafios para a população. É fato que a população brasileira sempre enfrentou períodos de crise econômica ao longo da história, independente da situação econômica mundial. Consoante a esse fato, as características socioeconômicas da população reafirmam a constatação de que persiste entre os brasileiros a prevalência da desigualdade social.       É salutável destacar que novas formas de organização não surgem apenas em momentos de crise, pois mesmo com a economia em bom funcionamento está presente a necessidade de reestruturação das formas de trabalho. Tal característica é própria das classes menos favorecidas, as quais buscam através da criatividade a complementação da renda mensal. Desse modo, o mercado informal ainda é a única solução que muitos indivíduos encontram para enfrentar esse tipo de situação, ao encontro dessa idéia reside o fato de que essa parcela de trabalhadores, que não possuem carteira de trabalho, é considerável e corresponde ainda a 23,2 milhões de brasileiros, conforme dados do IBGE.       Durante os períodos de problemas econômicos a procura por outras vias de aquisição de bens aumenta, dessa maneira, é frequente a demanda por empréstimos e uso de cartões de crédito, os quais se configuram como uma solução imediata, mas a longo prazo podem levar ao endividamento e à inadimplência do indivíduo. Ao contrário dessas opções, estão outras formas de desenvolvimento econômico que levam em conta a participação e o engajamento da comunidade local, por exemplo, a circulação de moedas sociais, o comércio de sementes por indígenas tal como a economia solidária, que em contra partida, se implementadas a longo prazo contribuem para uma finança menos arriscada.        Dito isto, é necessário a formulação de projetos de intervenção para tentar minimizar esses problemas. Para tal fim é indispensável que hajam estratégias, por parte do governo federal, que mostrem a importância do gasto consciente para a estabilidade do indivíduo. Tal medida pode ser alcançada com a oferta de cursos de educação financeira em escolas do ensino médio e instituições voltadas à capacitação profissional, a fim de disseminar o hábito de poupar, evitar o gasto excessivo e recorrer a empréstimos ou outros meios problemáticos. Outra medida igualmente eficaz é a formulação de novas diretrizes através do Ministério da Economia para os indivíduos já endividados, para que a economia volte a girar e o país retome o funcionamento, mesmo atravessando crises econômicas.