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Enviada em: 23/08/2019

O índice de desemprego, no Brasil, alcançou uma marca assustadora em 2018, superando os doze por cento. Entretanto, trata-se de mais do que uma mera crise econômica: a sociedade deve enfrentar os vícios imbricados à economia capitalista. Além disso, concebe-se também como um reflexo da negligência do Estado para incluir a parcela da população segregada.       A princípio, a questão do desemprego assola principalmente os trabalhadores menos qualificados, e, portanto, o conflito está intimamente ligado à ausência da promoção do direito social da educação. Como leciona o jurista Carlos Ayres Britto, na obra “O humanismo como categoria constitucional”, é necessário que o Governo Federal entenda o valor da educação na construção de uma sociedade estável para o enfrentamento de crises. Desse modo, será possível construir uma democracia fraternal, a qual tem também como fundamento, segundo Ayres Britto, os direitos sociais.        Outrossim, a problemática social em referência denota como a sociedade tem perdido os seus valores tradicionais. Conforme ensinamentos de Zygmunt Bauman, na obra “Modernidade Líquida”, o individualismo é um vício que tem norteado a vida em comunidade. Nesse contexto, esse sentimento individualista demonstra a ausência de solidariedade social que envolve o capitalismo. Sendo assim, o setor empresarial precisa entender o valor do trabalhador, a fim de que seja encarado não apenas como instrumento, para que seja possível desconstruir as falhas da sociedade egoísta descrita por Bauman.           Isto posto, percebe-se a necessidade de se encarar a problemática social sob uma perspectiva humanística. Assim, o Ministério da Educação deve investir na criação de escolas técnicas e faculdades, para melhor qualificar os profissionais e combater o desemprego. Ademais, é necessário que a sociedade se organize, por meio de sindicatos, para exigir a manutenção do emprego em tempos de crise, realizando greves, caso necessário. Com essas medidas, será possível superar o individualismo que impera na sociedade do capital, criticada por Bauman.