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Enviada em: 19/05/2018

Desde a promulgação da Constituição Cidadã, em 1988, a democracia brasileira é consolidada nos pilares democráticos de liberdade e de igualdade. Contudo, no que diz respeito à configuração da família contemporânea no Brasil esses direitos não são garantidos e geram um paradoxo no cenário, visto que a concepção familiar está se transformando e a pluralidade ainda não é totalmente reconhecida devido a uma sociedade conversadora e patriarcal.    Em primeiro lugar, cabe destacar, que a família é o início para a socialização da criança. Entretanto, a mudança do conceito de família em uma comunidade tão tradicionalista tem sido motivo de debate na contemporaneidade. Essa perspectiva engessada do modelo estereotipado colabora com a perpetuação da intolerância, ocorrendo assim, um paradoxo com a função da palavra e o que de fato tem acontecendo. Crianças que não possuem um perfil familiar tradicional acabam sendo vítimas de preconceitos na escola, pois ainda existe muita intolerância ao se tratar dessa problemática.    Ademais, a violência não ocre apenas com as crianças, os seus responsáveis sofrem uma agressão tanto psicológica quanto física. Muitas vezes tal barbaridade é incentivada pelo próprio governo. Em 2015, o "Estatuto da Família" foi lançado pela câmera dos deputados para definir o modelo que pode ser considerado um núcleo familiar no Brasil. Todavia, esse projeto legitima somente a união entre homem e mulher. Em contra partida, de acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE, é possível perceber que cada vez mais aumenta o número de casamentos homoafetivos, divórcios, mulheres como chefes de família e por isso esses novos retratos devem ser respeitados.       Fica claro, portanto, a necessidade de considerar a representatividade de outras configurações familiares. Dessa forma, a escola como instituição educacional, deve inserir mais as famílias no ambiente escolar e promover palestras com o objetivo de discutir essa temática, trazendo  ensinamento aos alunos e coibir o preconceitos contra os colegas por não estarem em um ambiente familiar dito tradicional. Além disso, o governo, deve atuar e criar punições eficazes para essa intolerância, e não promover leis que a incentive, por meio de disque-denúncias que possam investigar esses casos, mostrando que quem sofre a violência não será apenas mais um número para as estatísticas. Talvez com essas medidas, passa se tirar um pouco a visão conversadora existente na sociedade e todas as famílias, independentes da sua formação sejam respeitadas da mesma forma.