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Enviada em: 04/08/2019

Na série norte-americana "Anne com E", é apresentada a história de uma menina órfã que foi adota-da por um casal de irmãos e se muda para uma cidade pequena, onde sofre preconceitos pelo fato de não ser filha biológica e de seus pais adotivos não serem casados. Fora da ficção, o debate acerca do conceito de família na contemporaneidade e o que ela representa para a sociedade é ainda um tópico atual, pois grupos familiares que se afastam dos padrões impostos - mãe, pai e filhos - ainda são trata-dos de maneira diferente, devido ao preconceito e a ineficiência do Estado em manter seu bem estar.      Em primeiro lugar, pode-se observar a dificuldade que as pessoas têm de lidar com o diferente. Segundo o filósofo iluminista Voltaire, preconceito é opinião sem conhecimento, portanto, ao se aproximar algo que se afasta do usual, o impulso de julgar antes de tentar entender, impede que o respeito para com o diferente seja alcançado, desta forma, cria-se um ciclo que prejudica ambas as partes. Ademais, nota-se que a responsabilidade da escola em conter tais conflitos. De acordo com o sociólogo Emili Durkhein, a escola é um mecanismo de socialização secundária responsável por ampliar as opiniões trazidas de seu contexto familiar e preparar o aluno para entender a sociedade. A partir disso, percebe-se que a importância dessas  instituições.     Somado a isso, destaca-se a falta de ações do Estado para combater tal prática. A esse respeito, é possível citar a Constituição de 1988, a chamada Constituição Cidadã, que garante igualdade a todos os habitantes do país, que precisam ser respeitados apesar de suas diferenças. No entanto, a realidade percebida é que esses  grupos são frequentemente excluídos de situações sociais. A exemplo disso, uma matéria publicada na revista Tempo, revela que casais homoafetivos encontram maiores dificuldades na adoção devido ao conservadorismo dentro do judiciário. Dessa maneira, entende-se que esses tipos de exclusão precisam ser combatidos.     Logo, fazem-se necessárias medidas que atenuem tal problemática. Em suma, para que os novos grupos familiares existentes sejam respeitados e valorizados, urge que as escolas, visto que essas são responsáveis pela formação dos indivíduos, criem um projeto chamado "Futuro Cidadão Consciente". Nesse projeto, devem-se acrescentar aulas semanais ao currículo escolar, em que sejam desenvolvidos temas como diversidade, respeito e os direitos de cada um, mostrando aos alunos que todos devem ser respeitados e que as leis garantem igualdade a todos. Além disso, cabe ao Estado promover medidas que puna ações que desrespeitem tais grupos. Assim, casos de preconceito como os sofridos por Anne, se restringirão a ficção.