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Enviada em: 20/08/2019

Desde a promulgação da Constituição Cidadã de 1988,busca-se construir uma sociedade baseada na liberdade,igualdade e respeito.Todavia, tal objetivo ainda não foi alcançado,tendo em vista que muitas famílias contemporâneas enfrentam grandes problemas,tais como a falta de proteção legal e o preconceito intrínseco no Brasil.Diante disso, é fundamental analisar como a questão histórica e o conservadorismo provocam a problemática.    De início, cabe ressaltar o impacto histórico legal. Acerca dessa premissa, em 1916 declarou-se no Brasil que a família só surge a partir do matrimônio.Sob tal ótica, em 2013, com a criação do Estatuto da Família, há um retorno a configuração familiar aceita socialmente no período da Primeira República: Homem,mulher e filhos.Dados essas constatações,nota-se que até a década atual há uma resistência dos mais conservadores em aceitar a pluralidade familiar que existe,atualmente,a exemplo de mães solteiras,casais homoafetivos e laços estendidos.Demonstrando,assim, a urgência em reverter essa lamentável questão no país.   Ademais, vale mencionar as consequências desse conservadorismo enraizado.Nesse sentido, as novas configurações familiares não se sentem representadas e respeitadas no corpo social, além disso,ainda sofrem com o preconceito.De acordo com a filósofa estaduniense Judith Butler, a sociedade precisa passar por um processo de reinterpretação social que abrace a multiplicidade familiar.Em consonância com o pensamento da filósofa, é preciso romper com o paradigma binário e incorporar os mais diversos núcleos parentais no conceito de "família".    Dessarte,infere-se que as autoridades administrativas políticas criem um plano estratégico para atenuar a problemática.Cabe ao Poder Legislativo elaborar um plano que der visibilidade e aparato legal para os novos núcleos familiares,por meio da criação de leis de proteção e inclusão,juntamente com as leis o mesmo orgão pode promover campanhas publicitárias nas grandes mídias de massa(Globo,Sbt e Record) sobre a importância do respeito as diversidades,para que assim todas as pessoas se sintam representadas e respeitadas perante a conjuntura brasileira.Ademais,o Ministério da Educação deve investir na formação ética e cidadã dos alunos,mediante palestras e ficções engajadas à crianças e adolescentes nas escolas,no intuito de formar estudantes mais tolerantes e conscientes.Desse modo,o Brasil sairá da caverna do preconceito e verá a luz da pluralidade existente,como disse Platão no "mito da caverna".