Materiais:
Enviada em: 04/04/2017

As novas famílias dos novos tempos    A dinâmica e o entendimento das relações familiares foram alterados diversas vezes no curso da História, devido à flexibilização da sociedade civil com o decorrer do tempo. Estamos diante de uma nova era, com questões domésticas mais complexas, que não podem ser respondidas com soluções ultrapassadas, ineficazes, e até mesmo preconceituosas.   A própria definição de "família" foi colocada em debate pelo Poder Judiciário brasileiro. A noção tradicional, que remete a relacionamentos heteroafetivos e à simples capacidade de reprodução, é extremamente problemática. Ao tentar reduzir a questão ao arcaico modelo patriarcal, se desconsidera os direitos de parcela considerável da população. Mães solteiras, casais homoafetivos, uniões em que um dos parceiros sofre de esterilidade, crianças que são criadas e educadas por avós ou outros parentes: toda essa gama social seria marginalizada e tratada inferiormente à família convencional.      As diversas modalidades de família, que vão além dos laços sanguíneos, fogem do tradicional e se torna um desafio para o Estado. Isto se deve ao fato que respostas genéricas não solucionam problemas tão heterogêneos. É preciso que haja a consciência popular que os casos mencionados são específicos, e devem ser tratados como tal. Essa transformação de mentalidade passa diretamente pelo meio escolar, que seria um aliado para a formação dos indivíduos e para a manutenção do bem-estar familiar. Secretarias do Estado devem auxiliar os integrantes de ambos os meios, através de políticas públicas de intervenção e solução de eventuais conflitos.    Novos tempos significam novas quebras de paradigmas. Mudar a mentalidade social que ainda compreende família em um sentido restrito, é um passo primordial para solucionar os posteriores conflitos, dado que essas interações sociais não são simples. Assim, nenhum ramo social tem seus direitos diminuídos, e podem ser tratados de forma igualitária.