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Enviada em: 22/10/2017

No século XX, conceito tradicional de família se referia a uma modelo tradicional patriarcal composto por um homem, o qual fazia o papel de pai, a uma mulher, que se referia a mãe e dona de casa, e aos filhos. Entretanto, esse modelo rígido exclui as novas representações de famílias nas quais sofrem discriminação por não seguir tal modelo. Nesse sentido, cabe anilisar a herança histórica e a intolerãncia ao direito da liberdade como causas dessa problemática no Brasil.    Em primeiro plano, o contexto histórico enraizado é o principal responsável pela exclusão das novas famílias. Isso porque era imposto que o conjunto familiar é composto por apenas um homem e uma mulher, logo, para quem não seguisse esse padrão sofreria uma repulsa. Segundo o sociólogo, Zygmunt Bauman -- na teoria da modernidade líquida -- a família anteriormente vista como algo de formação sólida, hoje adquire certa liquidez podendo apresentar diversos formatos. Em decorrência disso, casais homoafetivos, por exemplo, são alvos de intolerância por não estarem enquadrados no perfil.    De outra parte, nota-se um crescimento de  discriminação devido a esse molde engessado. Nessa perspectiva, crianças de casais formados por dois homens, em ambiente escola, principalmente, são vítimas de preconceito, violência verbal e, muitas das vezes, física. Além disso, casais de homossexuis, em grande parcela, tem medo de sair na rua justamente por medo dessas violências. Prova disso, foi quando uma mãe e uma filha estavam abraçadas em público e, devido a isso, foram agredidas.     Fica evidente, portanto, a herança histórica-cultural e a intolerância como causas desse impasse. Desse modo, para ronper com estereótipos, com o padrão de família, cabe as instituições de ensino promover aulas de sociologia e filosofia. Ademais, o Ministério Jurídico deve punir devidamente àqueles que praticam violência e intolerância, por meio de leis mas rígidas, para que tenhamos uma sociedade mais respeituosa.