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Enviada em: 04/04/2017

O conceito clássico de família é baseado no matrimônio e no vínculo de sangue. A família convencional é composta por uma figura masculina e uma figura feminina, designada pai e mãe, e os filhos. Porém, atualmente, a estrutura familiar conta com novos recortes, podendo ser  monoparental, multiparental, homoparental entre outras classificações. Embora essa abrangência estrutural favoreça a adoção de crianças, o novo arranjo ainda sofre preconceito por parte da sociedade.       De acordo com o Canal Nacional de Adoção, o Brasil possui 4.801 crianças e adolescentes disponíveis para adoção. Além da família tradicional, as famílias homoparentais também manifestam interesse na adoção de crianças, uma vez que a reprodução assistida é um método de alto custo e não garante total eficácia no processo. Portanto, as crianças que vivem em instituições de acolhimento tem maiores chances de serem adotadas.       Somado a isso, o problema do conservadorismo em relação as famílias contemporâneas começa na escola, pois a instituição foca na ideia de família clássica, desconsiderando as novas estruturas familiar e acaba repassando esse preconceito às crianças. Ou seja, o presente do dia dos pais deixa de fazer sentido se a família for composta apenas pela criança e sua mãe, pois este presente em questão é sempre associado à figura masculina.      Assim sendo, a família contemporânea contribui para um aumento no índice de adoção, ao mesmo tempo que ainda sofre com o conservadorismo. Portanto, o poder público deve desburocratizar o processo de adoção, contratando juízes, psicólogos e assistentes sociais em número suficiente para suprir a demanda da vara da infância, e a escola carece realizar atividades extracurriculares que abordem o tema das novas estruturas familiar, a fim de romper o preconceito causado pelo senso comum.