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Enviada em: 11/04/2017

Famílias avessas à tradição, por que não?    O crescimento de composições familiares variadas na sociedade tem aumentado drasticamente, desde a segunda metade do século XX. Se por um lado, o termo "família"era quase que exclusivamente definido pela bíblia cristã; por outro, a diversidade do comportamento humano, em tempos modernos, tem dado oportunidades a outras interpretações de afeto, que não as do livro sagrado.      Segundo o teólogo e filósofo conhecido como Santo Agostinho, precursor do cristianismo, família refere-se a união entre um homem, uma mulher e sua prole, desde que sejam batizados pela igreja cristã, sem quaisquer possibilidades de desunião, pois, de acordo com ele, o que Deus consagrou, o homem não deve desmanchar.       Porém, séculos se passaram, o mundo se transformou no campo da evolução humana com cientistas como Darwin e Larmarck; com filósofos contemporâneos como Marilena Chauí; nas artes com Anita Malfatti e Tarsila do Amaral. Desta forma, tem-se uma mudança de referencial, em que a religião não mais dita todas as regras de comportamento ideal. Vê-se casais homossexuais felizes e estruturados financeiramente, além de netos sendo criados eficientemente, ou não, por seus avós. Há meio-irmãos vivendo sob o mesmo teto e, em todos os casos, é necessário apoio do Estado para que possam ter direitos similares às famílias tradicionais.       Assim sendo, é preciso que a Secretaria Especial de Direitos Humanos, juntamente ao Ministério da Educação, criem materiais didáticos explicativos sobre as mais diversas formas de família, e distribuam gratuitamente nas escolas públicas e privadas, a fim de conscientizar crianças e adolescentes sobre o papel de cada ser humano em seu lar. É também primordial que o Governo Federal amplie e reforce as leis de direitos adquiridos, através de políticas públicas, para que famílias  mais informais possam também usufruir de bens conquistados durante o tempo de união e convivência, para que a justiça reine no Brasil.