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Enviada em: 12/04/2017

A sociedade contemporânea é caracterizada por sua multipolaridade ideológica, na qual surgem novas concepções que rompem com idealismos históricos. Dentre estes novos ideais, figura-se o novo conceito de família, visto que hoje configuram-se novas estruturas familiares, à exemplo de: dois pais, duas mães, pais solteiros, enteados, padastros, entre outros, que rompem com a ideia de família ligada a matrimônio e filhos biológicos. Entretanto, essa nova configuração familiar ainda não é totalmente aceita por parte da população e sofre diversos preconceitos, principalmente as famílias instituídas por pessoas do mesmo sexo. Portanto, há muito que se discutir para que, de fato, essa nova configuração familiar seja reconhecida.       É inegável o fato que o conservadorismo ainda é latente na sociedade civil brasileira e um dos motivos principais da resistência aos novos modelos familiares. O problema maior é quando a resistência dá lugar para intolerância, que leva ao desrespeito, ferindo a liberdade individual e aos direitos humanos. Em 2015, na cidade de São Paulo, um menino de 14 anos foi espancado por colegas de classe por ser filho de pais homossexuais, o que culminou com sua morte horas depois do ocorrido. Casos parecidos a este repetem-se rotineiramente por todo Brasil, seja por violência física ou simbólica.         Não o bastante, a aprovação do projeito de lei do estatuto da família , na qual  a entidade familiar  é definida como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, representa um grande retrocesso social e desrespeito a luta de movimentos sociais, como o lgbt e feminista, visto que a mulher, caso mãe solteira, por muitos anos foi mal vista socialmente e muito lutou, e ainda luta, para que a imagem de família fosse revertida independente de ter ou não um cônjuge.     Portanto, fica evidente a necessidade de discussões acerca da temática aos mais diversos ambientes sociais para a libertação das amarras históricas e reconhecimento das novas configurações familiares. A escola deve assumir sua responsabilidade social e, em parceria com a família, realizar seminários levando a luz do conhecimento acerca do tema não só para os alunos, mas como também para os pais, para que haja também o diálogo no ambiente familiar . O governo, por sua vez, deve criar punições mais severas em caso de intolerância. Ainda há um longo caminho a percorrer para que o patriarcalismo institucionalizado dê espaço à pluralidade da nova representação familiar. Mas quem sabe, assim, a longo prazo, cidadãos mais críticos e mais tolerantes serão responsáveis pelo reconhecimento das diversas representações familiares.  em parceria com a família, realize seminários ministrados por profissionais capacitados, tanto para pais quanto alunos, para que ambos compreendam patriarcalismo institucionalizado dê espaço à pluralidade da nova representação familiar..