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Enviada em: 18/08/2017

Famílias tradicionais,monoparentais,reconstituídas,compostas por filhos adotivos,homoafetivas.Essas são apenas algumas das diversas estruturas de família presentes na sociedade contemporânea.Não obstante,recentemente,a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei denominado "Estatuto da Família",que legitima a união familiar apenas entre homem,mulher  e seus respectivos descendentes.Tal fato engessa a exclusão de outras configurações de família e revela que muito há de discutir para que os novos arranjos sejam reconhecidos como integrantes da ordem familiar brasileira.    Certamente,esse conceito de família não visualiza a questão homoafetiva no Brasil.Segundo o Censo do IBGE 2010,o Brasil possui mais de 60 mil casais homossexuais.De fato,essas uniões provam que o respeito ao próximo,o amor e afeto estão presentes mesmo em formas familiares que fogem do "convencional".Entretanto,a perpetuação de atitudes preconceituosas,como a homofobia e casos de agressão física a esses indivíduos,só fomentam a segregação e o conservadorismo social.    Apesar de existir tais óbices sociais,outra estrutura familiar passou a ganhar espaço: a mulher como chefe de família.A partir da autonomia profissional do sexo feminino,os núcleos deixaram de ser comandados pelos homens e adquiriram novos embasamentos.Isso também impulsionou a afirmação das mães solteiras como mulheres independentes sobre suas respectivas famílias.Todavia,atos de preconceito solidificados pelo patriarcalismo e o machismo,os quais tentam retirar o espaço plural dessa nova realidade,revelam que bastante ainda há de ser feito.    Por conseguinte,os meios de comunicação,como as redes sociais e a mídia televisa,têm de divulgar que não há distinção da maneira segundo a qual um casal,tradicional ou gay,cria seu filho.Para tal,é preciso exibir como exemplo a Lei de Adoção,que já valoriza o novo modelo de família e vê núcleos "fora dos padrões" como aptos a adotarem e a cuidarem de uma criança.Por sua vez,as instituições de ensino devem naturalizar as crianças e adolescentes sobre como é intrínseco respeitar a diversidade,por meio de palestras e projetos pedagógicos que mostrem a validez dos inúmeros arranjos familiares,bem como ensinem que o amor não escolhe gênero ou classe social.