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Enviada em: 27/07/2017

Apesar da Constituição Federal conceituar família como comunidade formada por qualquer um dos pais e descendentes, a sociedade brasileira apresenta uma realidade bastante diversificada. Lamentavelmente, mesmo diante de tantas formas muitas delas ainda sofrem com a intolerância por parte do conservadorismo que alcança a maior parte dos brasileiros e nos fazem perguntar o que essa diversidade representa para a coletividade brasileira.      A família é a base da sociedade, é a partir dela e de seus valores que a coletividade é formada. Portanto há a necessidade que todas as formas sejam respeitadas e tenham seus direitos garantidos. Infelizmente a realidade não se enquadra a essa harmonia, pois a maioria (51%) dos brasileiros concorda que família é formada por uma entidade materna, uma paterna e seus descendentes, como registrados por uma pesquisa feita pelo site da Defensoria Pública. Esse tradicionalismo tem como terrível consequência a intolerância a outras possíveis formas de união.      Muitos direitos já foram alcançados como o casamento civil de pessoas de mesmo sexo, mas casos de agressão a filhos e pais homossexuais não acabaram, infelizmente. Realidade inadmissível, visto que família, seja ela de qual forma for, deveria ser baseada no afeto. Outra dificuldade enfrentada por essas pessoas é a tentativa de adoção de crianças, a burocracia para tal ação é enorme, problemas como a demora para conclusão de processos e até mesmo recusas são recorrentes, dessa forma é perceptível que a isonomia retratada por lei não é garantida.      A falta de igualdade de direitos e a presença do conservadorismo imposto pela religião e acatado pelo resto do mundo levam a presença da aceitação de apenas um molde de família, mas para que a base da nossa sociedade seja forte e unida é necessário que algumas medidas sejam tomadas. Para início, é pertinente que a Constituição Federal seja alterada e enquadre família como pais homossexuais ou heterossexuais e filhos consanguíneos ou não. Além de que o Estado julgue com maior rigidez os casos de agressões às famílias ditas “fora do padrão”. Por último, que os órgãos responsáveis por adoção revejam seus conceitos e regimentos internos que permitam que crianças sejam adotadas por todos os tipos de família visando também a felicidade de ambas as partes.