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Enviada em: 21/08/2017

Mãe e pai. Ou apenas pai. Ou tias. Ou, ainda, apenas o você e os gatos. Parece que os personagens da Grande Família brasileira, onde "catuca mãe, pai e filhos" pertencem apenas a abertura da série da emissora Globo. No mundo contemporâneo, o conceito de identidade e afetividade familiar está cada vez mais em evidência e precisamos discutir sobre seu reconhecimento.   Família, em seu conceito formal, é um grupo de pessoas unidas por laços de parentesco. Porém atualmente há um grande questionamento sobre seu real significado perante a afetividade que lhe é atribuída, podendo suas estruturas serem observadas em pesquisas recentes como a do IBGE, onde registrou-se 19 tipos de laços familiares, que engloba dependência ou não da união de cônjuges, criação por terceiros ou apenas união por afinidade ou objetivos em comum. Todavia, o conceito de família cabe além de racionalidade, agregando afetividade e identidade.   Além disso, por trás da constante mudança em que o mundo se encontra, o preconceito e a intolerância do conservadorismo patriarcal atribui diversas consequências. A exclusão daqueles que não estão inseridos no tradicional, como por exemplo em festas típicas de Dia dos Pais e Mães em escolas, em geral infantis, podem acarretar consequências psicológicas derivadas de frustações, bullying e perseguições e acarretar, no futuro, fins trágicos como revoltas comportamentais graves e suicídio.   Portanto, há muito o que discutir sobre a afetividade e identidade familiar. A luta é pedagógica. Por isso, o debate deve ser porta para a representatividade. A escola, como instituição socializadora, deve neutralizar tal fato, promovendo o reconhecimento, respeito e integração. A mídia, como veículo de conscientização, também pode trabalhar a representatividade afim de também neutralizar tal situação. Famílias não são todas iguais e o que muda é muito mais que o endereço.