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Enviada em: 23/09/2017

Legado Patriarcal    Em uma das mais celebres cenas dos quadrinhos, o jovem Bruce Wayne perde ambos os país em um assalto, passando a ser criado pelo mordomo e amigo da família, Alfred, que o trata como um filho. Embora seja uma cena de ficção, ela retrata bem o quadro familiar na atual sociedade, e a maneira como ele se diversificou com o passar dos anos, adotivas, matrimoniais e polinucleares, esses são só alguns dos possíveis arranjos, mas sera que essas mudanças são aceitas por toda a sociedade?   Mormente, cabe destacar as origens da família "clássica" e os motivos que levaram a sua transição com o passar dos anos. Durante o século XX e os anteriores, o modelo familiar vigente na sociedade era o patriarcal, onde as funções domésticas eram destinadas a mulher, e o homem era o pilar econômico da casa. Entretanto, com o surgimento de movimentos pró igualdade, como o feminismo, essa estruturação perdeu força, pois esses deram as mulheres uma maior autonomia,que passaram a não "depender" mais de um marido. Tais mudanças, foram se acumulando com o passar dos anos, e o resultado é uma vasta gama de possibilidades para o arranjo patriarcal nos dias de hoje.   Ademais, mesmo com o número crescente de mudanças no conceito estrutural de família, o preconceito frente a esses casos ainda se faz presente, principalmente no Brasil. Não é incomum, essencialmente em núcleos mais tradicionais, a ideia de que a família deve ser constituída por pai, mãe e filhos, e que as outras combinações não são aceitáveis. Prova disso, é que de acordo com o instituto Data folha, em uma pesquisa realizada em 2014, a cada dez brasileiros, seis são contra a manutenção de famílias homoafetivas, mesmo sendo um direito constitucional. Essa forma de pensar, apenas evidencia como o ser humano está despreparado para lidar com aquilo que foge do seu habitual.    Destarte, fica claro que mesmo com mudanças cada vez mas recorrentes no núcleo parental, o modelo patriarcal ainda é tido como o mais "aceitável". Portanto, medidas são necessárias para solucionar o impasse. Os Ministérios da Educação e da Comunicação, em parceria, devem criar cartilhas e palestras à serem distribuídas em escolas e no meio urbano, visando conscientizar as pessoas, e desde cedo ensinar os alunos a conviver com a diversidade. Em segunda instância, cabe a mídia, como propagadora de conteúdo e "quarto poder', a missão de levar a discussão para dentro dos lares, para que as famílias possam deliberar sobre o assunto, construindo cidadãos cada vez mais dotados de empatia e tolerância para com o próximo. Por fim, pode-se discutir a criação de uma emeda constitucional que puna mais severamente crimes de ódio contra os arranjos não tradicionais, só assim iremos construir um mundo onde a diversidade e a pluralidade são valorizados por todos.