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Enviada em: 08/10/2017

A questão sobre família contemporânea vem sendo debatida desde 2011, quando o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. No entanto, mesmo com o reconhecimento governamental, ainda há críticas advindas da sociedade referente ao que esse modelo de família representa. Sendo assim, faz-se necessário o debate e a análise dessa nova conjuntura familiar.   Há quem diga que a criação de uma pessoa por uma família formada por homossexuais, fará com que o indivíduo se torne homossexual. Entretanto, é importante salientar que esses pais, são frutos de um casal hétero, o que não fundamenta esse argumento. Além do mais, até mesmo o Dr. Dráuzio Varella, diz que a sexualidade se impõe, sendo assim, vê-se que essa questão independe da criação. Dessa forma, entende-se que a preocupação social se dá devido ao preconceito e que ela nem sempre se pauta na representação sobre a sociedade.  Além disso, dizer que a normalização dessa nova conjuntura representa retrocesso, não é válido, uma vez que desde 2000, diversos países europeus, como a Holanda, já permitem a adoção conjunta por casais homossexuais. Logo, aceitar e valorizar novas formações familiares, mostra o progresso brasileiro e, ainda, sua evolução cultural, já que o que importa é o desenvolvimento saudável e pautado na educação da criança, que inserida em uma família, terá maiores chances de orientação.  É imprescindível, portanto, a mudança da sociedade frente a essa questão. Para isso, é importante a ação da mídia na abordagem desse assunto em novelas e programas com credibilidade e de alta audiência, a fim de alterar gradativamente a cultura da sociedade ou, pelo menos, expandir seus ideais para questões como essa. Além disso, faz-se importante a ação do governo com o reconhecimento e valorização de novas conjunturas familiares, como o que ocorreu em 2011 pelo STF, com a validação da união estável entre duas pessoas do mesmo sexo, objetivando influenciar a adoção e mostrar que a garantia dos direitos básicos aos pequenos é mais importante que o modelo de família. Somente assim, haverá mais aceitação e respeito a essas novas conjunturas, representando a evolução da sociedade brasileira.