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Enviada em: 23/10/2017

O período tecno-científico tem sido fundamental para as novas configurações de família no Brasil. A maioria dos brasileiros está em busca de sucesso profissional e pessoal, prefere morar sozinha, acaba por traçar outros modelos de união amorosa e até mesmo ficar sozinha. Consequentemente, a taxa de natalidade diminuiu e a expectativa de vida aumentou, o que gera um déficit na economia. Em um contexto capitalista, a procura por elevada condição financeira e cargos mais importantes é objetivo central da população. Nessa perspectiva, a quantidade de indivíduos que opta por não se casar e por ter menos filhos é uma realidade que atinge grande parte da comunidade. Além disso, com uma sociedade menos preconceituosa e patriarcal, os casais homoafetivos têm mostrado seu valor e autenticidade, e contabilizam mais de 60 mil do total de uniões, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essas novas famílias são essenciais para, por exemplo, a adoção de crianças que vivem em orfanatos, e reduzir o número de jovens que sofrem por abandono.    Em consequência do empoderamento feminino e das atuais convivências conjugais, a taxa de fecundidade tem diminuído, enquanto a expectativa de vida aumentou, devido aos avanços medicinais e aos investimentos governamentais. Diante desse cenário, o Brasil terá um grande problema futuro, pois a quantidade de idosos cresce cada vez mais, gera gastos com a previdência social e, principalmente, falta de profissionais jovens disponíveis para o mercado de trabalho. É evidente que essa situação pode ocasionar sérios déficits populacionais.   Nessa perspectiva, fica claro que os novos modelos de família devem ser preservados, com a compreensão de sua importância e validez na sociedade. Primeiramente, é necessário que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) contribua para adoções mais facilitadas, com incentivos para os casais e pessoas solteiras acolherem legalmente menores sem tanta burocracia. Além disso, o governo, através do Ministério da Saúde, deve oferecer melhores atendimentos aos idosos, que constituem famílias cada vez mais frequentemente, proporcionando boa condição de vida a eles. A mídia, por sua vez, deve promover campanhas esclarecedoras que mostrem para a população a considerável função das novas famílias, a fim de ter maior respeito e aceitação. Como afirmou Émile Durkheim, ''a família é uma instituição fulcral na sociedade e uma parte importante da estrutura social''.