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Enviada em: 06/05/2018
Já afirmava Claude Lévi-Strauss 'O mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele'. Nessa perspectiva a sociedade presencia um paradoxo, o empáfia, em contrapartida a empatia. Dessa forma, surge a problemática da ajuda humanitária, que persiste, ligada intrinsecamente ao pensamento humano, seja pela lenta mudança na mentalidade da sociedade, seja pela pouca influência estatal. É indubitável, que o pouco interesse governamental seja fator súpero sustentáculo da problemática. Para Aristóteles, a política por intermédio da justiça deveria corroborar para a harmonia social e individual. De forma análoga, tal pensamento aristotélico é rompido, haja vista que, existem governos que ficam obsoletos para com a ajuda humanitária, como por exemplo, a grande potencia norte-americana, imparcial a fome no desolado continente africano. Não obstante, essa realidade se aplica concomitantemente ao Brasil, como a pouca ajuda estatal para com moradores de rua, tendo casos que chegaram ao óbito por hipotermia. Outrossim, a lenta mudança na mentalidade da sociedade atrela-se ao paradoxo. Jorge Amado, em seu livro 'Capitães da Areia', descreve uma sociedade de meninos das ruas da Bahia, que sofrem com o abandono e com a pouca ajuda social. Metáforas a parte, com o passar do tempo, a mentalidade egocêntrica enriquecida com o capitalismo persiste. Todavia, só com o fim dessa ideologia arcaica, em conjunção com o maior aparecimento da empatia, existirá ajuda humanitária. Infere, portanto, a necessidade de mudanças governamentais e sociais. O governo, em principal o Poder Executivo deveria interferir de maneira mais intensa nos problemas do país e do mundo, seja através do fortalecimento de campanhas para arrecadação de bens duráveis e de utilidade em emergências, seja através de mobilizações de massas, que com generosidade auxiliem todos que os necessitarem. Em conjunção, deveria existir investimentos em educação, para paulatinamente destruir resquícios de ideologias de outrora ligadas a empáfia.