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Enviada em: 07/05/2018

Já afirmava Claude Lévi-Strauss ‘O mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele', nessa perspectiva a sociedade presencia um paradoxo, a mais acentuada liberdade de expressão, ao repudio da mesma, pelo preconceito inerente. Dessa forma, surge a problemática da cultura e mudança social, persistindo, ligada intrinsecamente ao pensamento humano, seja pela lenta mudança na mentalidade da sociedade, seja pelo pouco amparo estatal.          É indubitável, que as intervenções do Estado sejam fatores súperos sustentáculos da problemática. Conforme Aristóteles, a política por intermédio da justiça, deveria trazer harmonia a sociedade e ao indivíduo. De forma análoga, tal pensamento aristotélico é rompido, haja vista que, não é o modelo político ou econômico que controla o social, mas sim o cultural. Não obstante, quando o Estado cria a Legislação contra a corrupção, vem manifestos da mesma, tornando a lei obsoleta. Contudo, a harmonia só será alcançada quando as intervenções estatais se aplicarem ao meio cultural.             Outrossim, a lenta mudança na mentalidade social atrela-se ao paradoxo. José Saramago, em seu livro ‘Ensaio sobre a cegueira’, descreve uma sociedade que paulatinamente torna-se cega. Metáforas a parte, é exatamente o que ocorre quando vigora-se o egocentrismo cultural. A ilusão que uma cultura pode ser súpero a outra persiste, criando o preconceito. Todavia, a liberdade de expressão tens por fim, a opressão.           Infere-se, portanto, a necessidade de mudanças governamentais e sociais. O governo, em principal, o Poder Executivo, deve disponibilizar meios, como apresentações e aparições públicas, de culturas excluídas, visando que esses sejam conhecidas, respeitadas e admiradas. Concomitante, nas escolas de nível médio e fundamental, deve ser implantada ou mantida a disciplina de sociologia, sendo que a partir dessa, influencia-se os alunos de modo, que respeitem culturas e mobilizações sociais, mas que repudiem aos manifestos do estupro, e da corrupção. Desse modo, deixaremos a cegueira infame, e seguiremos para o equilíbrio aristotélico.