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Enviada em: 15/08/2018

Na formação cultura brasileira, podem-se observar déficits de representatividade. A ideia de miscigenação coloca em pauta a valorização e o desprezo de pontos socioculturais igualmente importantes para a história do país, subjugados por uma falsa ideia de raça que atrasa e minimiza setores sociais específicos. Assim, a identidade cultural passa a ser um esteriótipo, quando, em plena função, exerceria papel contextual e de inserção.        Diante do desnível social que acompanha o Brasil desde sua formação, perde-se muito em relação a identidade nacional, conceito que deve ser referente ao todo. Dá-se lugar à esteriótipos e definições incompletas, posicionando a sociedade de forma desigual. Movimentos artísticos como o Modernismo e o Romantismo lutaram pelo mesmo ideal ainda hoje falho: a integração nacional. Esse, de forma ufanista e pouco duradoura; aquele, de forma crítica, dando início à mais uma etapa de independência, 100 anos após a proclamação da independência do país. Ainda que horrorizados frente aos acontecimentos durante o longo período escravocrata, pouco puderam fazer em relação à verdadeira inserção do negro na sociedade brasileira e a respeito das tribos indígenas e seus locais de preservação.        Ao passar dos anos, as minorias ganharam maior visibilidade e importantes colocações no cenário do país; apesar disso, ainda sofrem com os menores percentuais em cargos importantes e uma subida vagarosa no ramo da representatividade. Homens brancos representam cerca de 70% na Câmara dos deputados e aprovam leis relacionadas ao desequilíbrio do bem estar dessas minorias desestabilizando a democracia. A falta de engajamento do povo com as leis e suas devidas punições em caso de quebra também provoca desarmonia. Os recentes episódios de preconceito, como o caso do antigo jornalista global William Waker e do youtuber Júlio Cocielo incitando racismo, naturaliza cada vez mais comportamentos preconceituosos.       Portanto, em análise do avanço gradual e lento que trava a representatividade e inserção social completa e pela observação de comportamentos preconceituosos ainda presentes, pode-se concluir necessária a boa aplicação das leis já existentes de proteção contra o preconceito. Tendo a sociedade demonstrado padrões leigos e tendenciosos, é dever do governo utilizar das mesmas mídias, antes utilizadas como veículo de racismo, para conscientizar. Ademais, é dever da Câmara dos deputados solucionar questões que envolvam as minorias com representantes dessas; para isso, o povo deve escolher bem seus representantes e, uma vez que já orientados, elejam representantes de todo o povo.