Materiais:
Enviada em: 17/07/2019

Para a Sociologia — ciência que estuda a sociedade e o indivíduo inserido nela — cultura pode ser descrito como tudo aquilo que é elaborado e fruto da criação humana. Além disso, não há conjunto de valores superiores nem inferiores; cada uma têm as suas particularidades que devem ser respeitadas. Porém, na sociedade hodierna brasileira, isso não é aplicado, pois é muito comum ver determinados indivíduos (negros e indígenas) sendo menosprezados e ofendidos por não terem "cultura". Por isso, faz-se necessário, analisar socialmente e culturalmente as suas contribuições para o país.       Em primeiro lugar, é de extrema importância respeitar, para depois compreender a relevância para a história do Brasil. Nesse sentido, para mostrar a tamanha notoriedade dos índios, a Organização das Nações Unidas (ONU) intitulou 9 de agosto como Dia Internacional dos Povos Indígenas. Entre importantes tradições deixadas por eles são a domesticação da mandioca, caju, guaraná, frutas como o açaí e cupuaçu. Ademais, colaboraram com os conhecimentos provindos das plantas medicinais e a própria influência da língua tupi-guarani na construção do português brasileiro. Dessa forma, é possível perceber que muitos técnicas trazidas por eles tiveram um enorme prestígio.       Em segunda instância, embora, a população negra também sofra preconceitos relacionados a essa temática, eles conseguiram deixar inúmeras marcas na história. De acordo com dados do IBGE, os pardos são mais da metade da população brasileira. Todavia, não é possível verificar a sua representatividade de forma quantitativa. Porém, no que se refere às tradições e conhecimentos trazidos por eles são imensuráveis. A mais conhecida entre todas é o samba, sendo considerada pela ONU como Patrimônio Mundial Imaterial da Humanidade. Na área marcial, os escravos utilizavam a capoeira como uma forma de defesa durante o período colonial. Outrossim, há a criação das religiões Candomblé e Umbanda. Por fim, Januário Garcia disse que, "Existe uma história do povo negro sem o Brasil, mas não existe uma história do Brasil sem povo negro".       Portanto, são necessárias medidas capazes de exibir o mérito desses povos para o país. Por isso, caberia às escolas de cumprir uma lei (11.645/08) já existente sobre a obrigatoriedade do estudo da cultura afrodescendente e indígena na grade curricular, por meio de debates, palestras, seminários intermediados por professores de História - de preferência especializados nessa área - além de autoridades públicas que pertencem a esse grupo. A finalidade é garantir a preservação da memória deles e permitir que as futuras gerações saibam de suas contribuições para a constituição dos valores presentes no território nacional.