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Enviada em: 26/03/2017

A necessidade humana de andar em grupos remonta aos tempos pré-históricos, quando, ao se manterem unidos, os indivíduos dispunham de mais recursos, alimentos e proteção para sobreviver. De maneira análoga, tal situação pode ser contextualizada na contemporaneidade brasileira, uma vez que a união continua prevalecendo sobre o individual, perspectiva que é exemplificada pelas Jornadas de 2013 e a formação de sindicatos.            A priori, as chamadas “Jornadas de 2013” chamaram a atenção da mídia mundial pela força de expressão que o povo brasileiro demonstrou quando se uniu. O movimento ocorreu em oposição ao aumento no valor da passagem do transporte público, mas, devido à extrema mobilização da população, as manifestações também reivindicaram o fim da corrupção e o uso desnecessário da violência policial. Tal ato ganhou imensas proporções e, segundo o IBOPE, chegou a ser endossado por mais de 84% dos brasileiros. Em decorrência disso, o governo votou a Agenda Positiva, que acatava vários pedidos dos manifestantes, o que prova que, quando unidos, os indivíduos se tornam mais fortes.            A posteriori, a formação de sindicatos também reforça a ideia de que a comunidade exorta e potencializa os interesses individuais. As associações sindicais, que são instituições que comportam pessoas pertencentes a um mesmo nicho social ou econômico, possibilitam a realização de manifestações e pedidos endereçados à esfera governamental de forma eficiente, permitindo assim, que os indivíduos que nela estão inseridos sejam beneficiados por sua união e, então, tenham suas reivindicações atendidas.            Fica evidente, portanto, que os interesses individuais são fomentados pela congregação social. Entretanto, a opinião dos grupos populares ainda não é devidamente valorizada, e, por este motivo, torna-se necessário a adoção de medidas para que tal problema seja sanado. Dessa forma, a sociedade e a mídia devem, em parceria, criar e veicular campanhas sociais de valorização dos sindicatos, para que a opinião da população se faça válida e seja ouvida por mais pessoas e a fim de que isso se torne uma alternativa para a manifestação física, nas ruas, que acaba gerando desordem e violência. Some-se a isso a legitimação dos sindicatos e a realização de enquetes populares que devem ser feitas pelo governo, de modo que os interesses sindicais sejam respeitados e o povo brasileiro seja mais presente nas decisões e diretrizes que o país deve tomar.