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Enviada em: 21/02/2018

De acordo com o filósofo grego Aristóteles, o ser humano é um animal político. A partir desse aforismo, pode-se concluir que as ações humanas buscam não apenas a autossatisfação do agir, mas também o respaldo do pertencimento a um grupo. Tal conclusão comprova-se na prática em diversas situações, como ilustram alguns casos de injúria internet.       Conforme amplamente noticiado nos últimos anos, atores, jogadores de futebol, apresentadores e outras figuras públicas têm sido constantemente vítimas de ataque oriundos de internautas. Amparados na impessoalidade que ser apenas um entre milhares proporciona, pessoas que talvez não ajam de maneira agressiva em seu cotidiano unem-se a grupos que ameaçam, denigrem e difamam.      Nessa perspectiva, é possível afirmar que a ação de um grupo influencia o comportamento dos indivíduos, o que torna o grupo maior e aumenta seu poder de influência. Ou seja: os grupos fortalecem-se ao atingir mais adeptos, enquanto os indivíduos, por sua vez, comportam-se de maneira mais despersonalizada à medida em que, analogamente à teoria mimética do também filósofo René Girard, suas atitudes são determinadas pelas atitudes de outrem.   Sendo assim, é necessário haver por parte da população maior compreensão acerca das motivações de seus atos, a qual pode ser incentivada pela implementação, nas escolas, de amostras, exposições e debates sobre filósofos do comportamento humano. Muito embora a filosofia já faça parte da base curricular, uma inserção mais profunda nesse tema proporcionará reflexões valiosas, que certamente contribuirão para a geração de uma população mais consciente e empática.