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Enviada em: 04/09/2017

A ascensão das Revoluções Industriais no século XVIII transformou a esfera trabalhista consideravelmente, como retratado no fortalecimento do sindicalismo em prol de melhores condições de trabalho. Sob essa alusão histórica, pode-se afirmar que, por mais que já existam ideias cooperativistas, ainda é preciso fortalecê-las para serem utilizadas como soluções de diversas faces da sociedade - como a da política, da social e da ambiental. Logo, é indubitável a necessidade de validar o cooperativismo como alternativa social no país.     As práticas cooperativas podem ser adotadas de inúmeras formas no contexto social. De forma mais indireta, por exemplo, tem-se o voto consciente da população para uma melhor gestão governamental, ou ainda as ações de combate a agentes vetores de doenças por parte de cada indivíduo. Entretanto, como afirmou Zygmunt Bauman, o momento histórico atual é marcado pela efemeridade das relações interpessoais e pelo individualismo - o que inviabiliza, portanto, o homem possuir uma consciência universal e uma visão de que a união é uma forma de minimizar problemáticas da sociedade. Dessa maneira, tais atos mencionados e as cooperativas existentes são relativizadas em detrimento deste caráter hodierno dos seres.    Ademais, é necessário salientar como o cooperativismo age em uma sociedade. Conforme defendem geólogos, o período atual é denominado "Antropoceno", marcado por intensas ações antrópicas no ambiente, as quais geram desequilíbrios nos ecossistemas terrestres. Dessa forma, tal comprometimento com a homeostase ambiental seria amenizado, com grande parcialidade, pelas ações conjunturais da população - como as práticas da reciclagem, a destinação correta do lixo e a prioridade por transportes públicos. Neste contexto, é factível afirmar que a cultura do individualismo afeta não só as questões sociais, como também a saúde do planeta.    Torna-se evidente, portanto, que o cooperativismo deve ser fortalecido na sociedade. Para tal fim, no intuito de desmistificar a perda do pensamento coletivo, o Ministério da Educação deve acrescer, na grade curricular do ensino médio, aulas no pretexto de "escola cidadã" - proposta por Paulo Freire - abrindo debates, nas aulas de Sociologia, sobre a necessidade de unir-se no contexto social. Outrossim, os órgãos governamentais devem destinar verbas para as cooperativas ambientais, para que elas ampliem suas infraestruturas, disseminem a ideia de desenvolvimento sustentável e contribua para melhorias no país.