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Enviada em: 26/05/2018

Por um mundo mais igual             O fenômeno do "rolezinho" notoriamente marca um avanço no poder de expressão da camada periférica brasileira. No entanto, tumultos e transgressões dos jovens trazem ao fenômeno mais um obstáculo à sua adesão intelectual brasileira. A facilidade de propagação das mídias sociais atuais só facilita o espalhamento das ideias defendidas pelos "rolezeiros" para toda a sociedade, o que pode servir de auxílio à mudanças para muitas situações atuais.             Percebe-se uma crescente corrente de mudança no cenário político brasileiro, e como argumenta o jornalista irlandês George Shaw: "Aqueles que não mudam suas mentes, não podem mudar nada". Portanto, o fenômeno dos "rolezinhos", apesar de estar intimamente ligado à comunidade periférica, mostra como os padrões de beleza, status e riqueza são meramente imaginários na cultura humana, e como com a ação dos jovens na luta pelos direitos, principalmente na ocupação de espaços públicos para a expressão das suas ideias, pode vir a acarretar mudança na hierarquia brasileira.             Em 1983, uma sociedade indignada se ergue no país contra um governo autoritário e conservador, 2 anos depois, há o reinício de um governo republicano e democrático no Brasil. O que havia iniciado com alguns grupos isolados contra um regime anos antes, em forma de guerrilha, espalha seus ideais para toda uma sociedade que se une em prol do bem maior. O mesmo processo poderá ocorrer com os ditos "rolezeiros", pessoas de uma sociedade reprimida pelo ideal monetário e econômico, muitas vezes sem visão de crescimento futuro, se unem para uma causa maior do que toda a sociedade, visando o bem desta, o fim da miséria, da violência e da marginalização através da cultura, pela liberdade de expressão.           Percebe-se, então, como a união de pessoas em prol de um bem maior traz a diferença concreta no mundo atual. Manifestações são recorrentes e é através delas que se deve lutar pelo ideal proposto, para o bem de todos. O fim da marginalização no país, ocorrerá quando uma atitude como a dos "rolezeiros" se alastrar e ser percebida por todos, afinal, todos perdem com uma sociedade necessitada. Dito isso, a ação dos "rolês" deve ser abrangente e planejada, a fim de calcar toda a sociedade em uma causa maior, o fim da desigualdade e da violência. Isso pode ser feito pela distribuição de panfletos, apresentações em ambiente público e uso da mídia para a exposição de ideias, o principal e melhor meio sempre será a internet. Desse modo, espera-se uma sociedade justa, com menos preponderância do capital sobre o ser humano, por um mundo mais igual e político.