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Enviada em: 03/05/2017

O choque de entretenimento entre classes             Debater sobre o fenômeno social que os "rolezinhos" representa, solicita um olhar mais crítico e revelador. Primeiramente, salienta-se que a desigualdade social e o preconceito do mesmo reflete diretamente quando o tema é "rolezinho", haja vista que, a mídia representa o mesmo como algo marginalizado e símbolo de perigo, o que despreza o real sentido da maioria destes, cujo objetivo relaciona-se com a diversão e o entretenimento de diferentes camadas da sociedade.          Ao comparar eventos sociais de diferentes classes remete a um preconceito social, tendo em vista que a mídia propaga os eventos realizados pelos membros de classes mais baixas como algo abstrato, é claro que, há casos que ocorrem de fato pequenos furtos, mas o mesmo não representa o movimento, haja vista que, de acordo com o meio midiático há visões, em partes, distorcidas do real movimento de entretenimento de tal camada popular, transmitindo apenas aquilo que lhe convém.             Cabe também destacar que, os rolezinhos são frequentados por negros, mulatos,  e que ao ocupar os shoppings, tais membros da juventude periférica lutou por espaços físicos que atualmente são convividos por indivíduos com melhores condições de vida. De acordo com o pensamento de Émile Durkheim, a situação dos rolêzinhos dialoga diretamente com as sansões espontâneas, haja vista que, com a chegada de membros periféricos em uma zona considerada da elite, é assim atribuído, por conseguinte, tumultos, arrastões, e não uma manifestação socio-cultural envolvendo uma juventude que visa acima de tudo a socialização e o entretenimento.              Diante desses aspectos, é fundamental que o meio publicitário explicite que o movimento do rolezinho visa o entretenimento juvenil, acima de tudo destacando que não se deve generalizar alguns incidentes que já ocorreram como se fosse uma verdade absoluta. Cabe também ao Ministério da Cultura enfatizar a importância cultural de tais movimentos de integração social, isto é, o encontro da classe marginalizada com a elitizada, e acima de tudo é essencial que o meio de segurança estatal, esteja sempre atuando de forma civilizada e organizada, garantindo ao movimento uma maior segurança e influenciando uma maior porcentagem de jovens à aderir aos rolezinhos.