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Enviada em: 05/10/2018

As histórias em quadrinhos e filmes de sucesso dos "x-men" mostram um grupo de jovens mutantes, cada um com um dom especial, que vão para uma mansão - ou escola - do professor Charles Xavier. Ele ensina-os a usarem seus poderes de uma forma progressista, a controlarem suas emoções, as formas de se aceitarem, além da formação acadêmica, evidenciando Xavier como um nobre mentor e coordenador de todo sistema. Porém, apesar da importância que o professor sempre teve, é uma profissão que sofre com a desvalorização. Essa se dá, principalmente, em função da histórica concentração de conhecimento e pela própria estrutura social.       Em primeiro lugar, é preciso entender como funciona a transmissão do conhecimento nas sociedades. Neste viés, educação e conhecimento, por vezes, foram privilégios de pessoas com elevado poder aquisitivo. Prova disso é, que, na Grécia antiga, somente os patrícios e seus próximos podiam pagar por um tutor para terem conhecimento. Assim, era possível manipular as camadas mais baixas da população. Ademais, isso acontece no Brasil até hoje, pois basta perceber que até a constituição de 1988 os analfabetos eram restritos do direito de voto. Isso evidencia o desinteresse estatal pela educação e, com efeito, os professores são diretamente atingidos à medida que seus salários são baixos e as condições de trabalho são ruins.       Em segundo lugar, a própria estrutura social não os ajuda a desenvolver um bom trabalho. Neste âmbito, os problemas começam na faculdade. Ao fazer pedagogia, por exemplo, o aluno aprende diversas teorias, entretanto, a prática só acontece no último ano de curso. Por consequência, o profissional não fica qualificado como deveria e sua valorização, por vezes, é dificultada. Além disso, existe uma sobrecarga nos professores à medida que as estrutura escolar é ruim, as salas sofrem de superlotação e, por vezes, o professor tem que atuar como enfermeiro, psicólogo e mediador de conflitos entre as famílias.       Portanto, são necessárias medidas para mudar, de forma prática, esse descaso com os mestres. Para isso, o governo deve, por meio do Ministério da Educação, empregar melhores estruturas que vão desde a vida acadêmica do professor até às condições de trabalho adequadas, com a intenção de incentivar novas gerações a seguirem essa nobre carreira, valorizar o profissional da educação, aperfeiçoar e democratizar o ensino para todas as classes sociais.