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Enviada em: 20/10/2018
No mito de Sísifo, este é condenado a rolar uma pedra enorme por uma montanha. No entanto, todo esforço é em vão, já que a mesma sempre volta para o solo durante a noite. Consoante a isso, vemos o dificílimo desafio histórico de valorização dos professores. Ainda que, hoje, se tenha algum avanço, parece sempre retornar ao mesmo lugar comum de banalidade e descaso. Como causa disso, temos tanto a ausência de uma cultura de valorização como de políticas estatais. Na Grécia Antiga, foram criadas as primeiras academias de filósofos, que tinham como função a expansão do conhecimento e do saber. Vale, ainda, salientar, que os pupilos e a comunidade tinham grande admiração pelos mestres. Conquanto, embora se tenha a mesma finalidade, as escolas não herdaram o legado de respeito e valorização. Portanto, infelizmente, hoje, ser professor é visto como uma sub-profissão, que é reforçado pela baixa remuneração e pela desqualificação social. Além do mais, no Brasil, há um desfalque no que diz a políticas de incentivo à licenciatura. Sob esse viés, vemos que apenas uma minoria deseja entrar para os cursos voltados para a educação e ainda que há uma alta taxa de evasão. Ademais, os jovens que ingressam na universidade, desejam ter um futuro promissor e não conseguem ver, na carreira de professor, essa premissa. Neste caso, o governo brasileiro se mostra omisso e irresponsável. Segundo a Constituição cidadã, de 1988, todos tem direito a educação, porém se não houverem educadores de nada valerá a lei. Infere-se, portanto, que a valorização dos professores é uma questão que envolve a conscientização da sociedade em conjunto com ações governamentais eficientes. Nesse sentido, mudanças hão de ser feitas para a reversão desse quadro histórico. Faz-se necessário que o Governo, aja diretamente sobre o problema, aumentando o poder econômico de professores, através de isenções fiscais. Para que, haja maior atividade no mundo capitalista e, consequentemente, maior respeito e simpatia social.