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Enviada em: 16/05/2019

Os Sofistas, filósofos da Grécia Antiga, receberam imensas críticas de Sócrates por pedirem dinheiro em troca do ensino da retórica - ferramenta muito útil na pólis grega. Uma vez que, os seguidores da ideia socrática acreditavam que o conhecimento não era algo comercializável, talvez, por consequência desse pensamento, a institucionalização da profissão de professor demorou muito para ser realizada. Portanto, como resultado de uma recente formatação, o docente enfrenta muitos problemas na adoção do respeito e valorização do ofício, e em adequar métodos de ensino ao contexto atual.       Outrossim, os primeiros cursos voltados para a formação de mestres, foram criados no século XIX e ficaram restritos, por muito tempo, aos homens. De certo que, muitos docentes não foram ensinados a modificarem sua metodologia a cada geração. Por conseguinte, muitos alunos estão desinteressados na sala de aula, pois os professores não conseguem suprir seus anseios, derivados do advento de novas tecnologias, e portanto, eles os consideram ferramenta ultrapassada. Analogamente, muitas escolas, ao redor do mundo, estão mudando essa visão ao trazerem para suas classes a ideia de uma troca de conhecimento entre o educador e o decente, a saber, colégios que aderem à Metodologia de ensino Construtivista, na qual o preceptor auxilia o aluno em sua aprendizagem, ensinando a ter sua própria independência intelectual.       Por outro lado, em escolas que não fazem essa interação, que mantêm seus métodos antigos, os professores sentem que a classe não absorve o conhecimento passado por eles, e por conta disso não veem mais sentido na profissão, e acabam por fim, desestimulando outros a seguirem a carreira de pedagogos. Como resultado, esse "efeito dominó" foi percebido em uma pesquisa feita pela OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico -, na qual somente 2,5% dos jovens, com menos de 15 anos, desejam seguir o ofício do ensino. Por outro lado, foi apontado que o desinteresse é resultado, também, de uma desvalorização da profissão e da falta de prestígio social.        É imprescindível, portanto, que para a consciência coletiva de que o professor é necessário para a construção de uma sociedade com senso crítico, o Governo Federal deve, em parceria do Ministério da Educação, promover a formação de pedagogos em metodologias ativas que usem tecnologias e dinamismo entre professores e alunos. Ademais, a mídia, com seu papel informativo, precisa promover campanhas publicitárias, com personalidades que narrem conhecimentos de vida adquiridos nas aulas da época escolar. Dessa forma, o prestígio do ofício, vai pouco a pouco sendo reconstruído, e o interesse por melhorias nessa área aumentarão, ocasionando assim, na valorização desse ofício.