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Enviada em: 10/06/2017

Injustiças curriculares   Aposentadorias inalcançáveis. Salários atrasados. Desvalorização. Esses são alguns dilemas que os profissionais da educação enfrentam no Brasil, o que se torna preocupante, já que são fundamentais para o futuro da nação. Nesse viés, há de se entender as consequências e o porquê da permanência de tal problemática, a fim de minimizá-la.   À vista disso, deve-se considerar as medidas Neoliberais implantadas no país durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, as quais retiram, em parte, as obrigações do Estado com a população. Dessa forma, esta fica desprotegida e desprovida de seus direitos. Tal quadro se explicitou com a reforma da previdência, proposta pelo atual presidente, a qual acabou com os benefícios especiais, antes consentidos aos professores, uma vez que estes possuem um esforço físico e mental acima da média. Diante disso, nota-se a manutenção da falta de reconhecimento dessa classe trabalhadora, sendo primordial modificar tal questão.    Acresça-se a isso a sociologia funcionalista de Durkheim, a qual determina que, para uma sociedade ser coesa as Instituições Sociais devem funcionar perfeitamente. Contudo, no Brasil, isso não é realidade, principalmente em relação à educação pública que se encontra precária. Nesse contexto, constata-se o atraso de meses dos salários dos professores estaduais do Rio de Janeiro, devido a isso, muitas vezes, estes trabalham sem remuneração e sem recursos. Desse modo, há a depreciação de tal carreira e, por conseguinte, muitos jovens já não escolhem mais exercê-la, fato alarmante dado a sua importância. Dessarte, mostra-se necessário inverter tal situação.   Assim sendo, é crucial remodular o macrocosmo social brasileiro. Nesse âmbito, cabe aos sindicatos lutar pelos direitos de tais profissionais, através de protestos físicos e virtuais, visando à garantia de uma aposentadoria justa e, portanto, os valorizando. Ainda, é de responsabilidade de o governo assegurar a melhoria de escolas e o pagamento em dia dos salários dos professores, por meio do remanejamento do uso das verbas públicas, priorizando o setor educacional, visto que é um serviço básico, objetivando a qualidade de vida daqueles e um atendimento mais adequado ao povo. Ademais, é imprescindível que a mídia evidencie a importância dessas pessoas para a sociedade, com o uso de documentários que mostrem como elas são tratadas em outros países, como no Japão, onde o Imperador só as reverência dentre todos os outros cidadãos, para que, assim, a humanidade se reinvente em um mundo mais justo. Afinal, segundo Martin Luther King, "uma injustiça em um lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar".