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Enviada em: 05/08/2017

A profissão de professor, outrora altamente prestigiosa, encontra-se em decadência. Paradoxalmente, sua importância para a sociedade é grandiosa, haja vista a necessidade da formação de jovens, o futuro de todas as sociedades. O loop de retroalimentação criado pela desvalorização do profissional e a consequente menor motivação que este acaba possuindo reverte-se em um efeito altamente danoso para a nação verde-amarela.       Sendo assim, é importante pontuar, de início, a célebre frase do filósofo Immanuel Kant, “o homem é o que a educação faz dele”. A grande função desempenhada por esses profissionais demonstra a falta de reconhecimento que eles enfrentam. A grande pressão psicológica sofrida e a quantidade de trabalho levada para a casa expõem a incoerente remuneração recebida; além disso, seguir a carreira nesse ramo é algo malvisto em nossa sociedade, outra face da desvalorização.       Ademais, há a ausência da consciência da gravidade envolvida na questão. A conjuntura vivida por professores é desestimulante; sua riqueza cultural é posta em xeque se não é oferecida uma rota para sua plena vazão. A humanidade do professor, pouco explorada, deve ser apresentada por meio de exercícios de alteridade. Com isso, tem-se um cenário de aparente permanente desmerecimento. É preciso que o ciclo seja quebrado.       Portanto, medidas são necessárias para solucionar o impasse. O Senado deve realizar uma votação a fim de aprovar um projeto de de lei que aumente o salário de professores. Por outro lado, o Ministério da Educação, aliado às escolas de rede pública e privada, deve promover palestras educativas, ministradas por educadores, que demonstrem, aos mais jovens, o verdadeiro valor dos professores. Por fim, a mídia deve divulgar propagandas governamentais com mensagens a favor dessa profissão tão desvalorizada e desumanizada atualmente.