Materiais:
Enviada em: 04/09/2017

Valorização do professor: nosso dever, nossa salvação.       Um traço comum e indiscutível na vida dos maiores expoentes culturais  de qualquer povo, em qualquer tempo e lugar, é o papel decisivo do professor na sua formação. Hannah Arendt e Platão aprenderam com professores. Do letramento em tenra idade aos ciclos de altos estudos em universidades as mais destacadas, a labuta do professor contribui para transformar biografias e potencializar as sociedades humanas, em países não raramente devastados por tragédias naturais ou por guerras.       O "ethos" japonês, a esse respeito, bem ilustra o sentido maior da valorização dos profissionais da educação. Ainda na segunda metade do século XIX, os líderes políticos da Revolução Meiji - processo histórico que em poucas décadas elevaria o Império Nipônico à condição de potência asiática - externaram, em uma iniciativa, toda da sua ambição patriótica: o Japão foi o primeiro país no mundo a criar um Ministério da Educação.       Ainda que as generalizações inspirem máximo cuidado, é possível afirmar que não há um único Estado nacional desenvolvido, no contexto posterior à revolução industrial que não tenha educado em profundidade o seu povo, e não apenas para o labor de interesse econômico, mas nos termos da "Paideia" grega. Educação para a vida cidadã. Educação para a fruição estética. Educação para a vida. Educação para o trabalho.       Tal realidade internacional, com força de axioma, deve servir de norte magnético aos brasileiros para a profunda transformação social que há de vicejar neste país. O Brasil ambiciona a emancipação material e espiritual que, nos termos de Friedrich Schiller, somente se construirá por mãos, corações e mentes de amáveis - e amados - professores.       A valorização dos docentes, portanto, no que diz respeito às políticas públicas, impõe ao Estado a remuneração condigna; os planos de carreira; a garantia de formação continuada e de equipamentos adequados ao bom desempenho da função. À sociedade, incumbe respeitar e valorizar os educadores, em sua missão amorosa de multiplicar pela divisão.