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Enviada em: 14/09/2017

De acordo com o influente sociólogo Émilie Durkheim, a escola é uma das principais instituições responsáveis pela formação cidadã dos indivíduos. Logo, sabendo que o professor é um agente fundamental do processo pedagógico, valorizá-lo seria imprescindível para a melhoria da qualidade da educação no Brasil. Todavia, o desprestígio social que o educador tem enfrentado é uma problemática histórica, uma vez que, há décadas, existe um descompasso entre a importância da referida figura e os meios de valorizá-la. Sendo assim, reflexões acerca dessa problemática contribuem para a transformação social necessária ao país.     Primordialmente, sabe-se que o professor é lesado moralmente, materialmente e financeiramente no ambiente em que trabalha. São recorrentes nas mídias reportagens que relatam as condições precárias da infraestrutura de muitas escolas no Brasil, acarretando na falta de material para uma atuação de qualidade. Ao mesmo tempo, outra questão recorrente e amplamente reconhecida é o não cumprimento do piso salarial do docente. Outro fato agravante é o frequente ato de desrespeito à figura do professor pelos alunos, fato este que, somado aos expostos, contribuem para a desvalorização do profissional. Exemplo disso foi a agressão física e, consequentemente, moral a uma professora no estado de Santa Catarina por um de seus alunos. Dessarte, como almejar uma transformação benéfica na educação se um dos seus protagonista é lesado, no que se refere a sua segurança e a sua atuação profissional?       Outrossim, em muitas instituições de ensino, a interação do docente com o discente baseia-se em uma hierarquia, na qual o professor cumpre o papel de transmitir informação ao aluno, atribuíndo a este um papel passivo no processo educacional. Todavia, com o advento da internet, o aluno passou a ter recursos em abundância, tais como a Wikipedia, videoaulas, entre outros,  podendo adquirir informações sem intermédio do licenciado. Assim, o corolário dessa problemática é a secundarização da importância do educador do processo de ensino e aprendizagem.     Diante do exposto, o Poder Executivo deve respeitar o piso salarial do educador. Ademais, cabe ao Governo Federal oferecer meios de garantir a formação continuada do docente, de modo que este possa aperfeiçoar a sua metodologia de ensino por meio de pós-graduação, mestrado e doutorado, permitindo-lhe uma melhor colocação no mercado de trabalho. Paralelamente a isso, o Ministério da Educação deve promover reformas estruturais nas escolas, dispondo materiais para uma educação adequada, bem como o reforço da segurança nas escolas. Também é imperioso que o Ministério da Saúde inclua psicólogos no ambiente escolar,a fim de dispor apoio emocional ao profissional.