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Enviada em: 24/10/2017

Quanto vale um professor no Brasil?        Segundo Erasmo de Roterdã, “a primeira fase do saber é amar os professores”. Ou seja, o sucesso do processo de ensino/aprendizagem depende, essencialmente, do respeito e da valorização dos educadores. Contudo, no Brasil há cada vez mais menosprezo pela imagem do professor, fato que gera desinteresse dos jovens pela carreira e má avaliação do desempenho da educação do país.          Nesse sentido, a profissionalização da profissão iniciou-se no Brasil em 1835, quando a primeira escola de educadores foi inaugurada no Rio de Janeiro. Na época, possuía prestígio sociocultural, pois era exercida pela elite republicana. Contudo, ao longo do tempo indivíduos de camadas sociais menos privilegiadas passaram a exercer a função, fato que ocorreu concomitantemente a sua desvalorização social, cultural e financeira.               Dessa maneira, a sociedade civil e os governos trataram de marginalizar a carreira, através de baixos salários e desprestígio social. Desse modo, o Brasil se tornou um dos piores países no ranking mundial de educação, segundo relatório da UNESCO em 2015. Além disso, o menosprezo em relação ao valor do educador brasileiro tem fomentado o desinteresse dos jovens pela carreira, ou seja, sonha-se cada vez menos com a licenciatura no Brasil.        De certo, a desvalorização do professor no país é um problema histórico que necessita ser superado. Assim, o Congresso Nacional deve instituir o Plano Nacional de Cargos, Carreiras e Salários que valorize financeiramente e moralmente o professor, destinando, inclusive, 30% dos recursos da educação para esse fim. Além disso, a socialização promovida na família e na escola deve estimular a criança a amar e respeitar os mestres. Somente assim, a valorização do professor não será mais um desafio, mas um fato consolidado.