Materiais:
Enviada em: 19/05/2019

A revolução industrial e a globalização exigem dos trabalhadores uma longa jornada de trabalho, ocasionando a ausência paterna no dia a dia. Com isso, As escolas preenchem o tempo dos filhos enquanto os pais trabalham, além do que, o ambiente escolar é formador da educação e, em muitos casos, como o único meio de socialização com diferentes perspectivas de mundo. O ensino domiciliar no Brasil é um problema para muitos casais que passam a ter outra obrigação no seu dia: exercer o difícil papel da escola. Em outro ponto de vista, algumas crianças ficam restritas ao ambiente domiciliar, que o é comum, perdendo a socialização como elemento de sua formação.    Em primeiro lugar, cabe analisar que um dos pais, provavelmente, terá que abandonar o seu emprego ou seus afazeres domésticos para se disponibilizar no horário de estudo do filho. Diminuir a receita domiciliar, muitas vezes, não é uma alternativa viável, pois, na maioria das famílias brasileiras,  ela não consegue cobrir as necessidades básicas. Tendo em vista que a maior parcela dos estudantes no Brasil são da rede pública, contratar um tutor particular para substituir o papel do pai na educação domiciliar é inviável, pois também recorreria na diminuição da receita familiar.   Na atual conjuntura do Brasil, há defensores da educação domiciliar argumentando que as escolas fornece linhas de pensamentos contrários as ideologias religiosas da família. De antemão, é importante salientar que a escola é um ambiente crítico e de debate, no qual diversos pontos de vistas são apresentados para serem questionados e não impostos. Demonstrando assim que o contato com diversos temas não induz a aceitação do mesmo, mas serve como bagagem cultural e conhecimento crítico. No mais, o ambiente escolar promove a socialização com pessoas diferentes - sejam essas sociais, culturais, económicas, étnicas ou religiosas -  adaptando a criança as mesmas e tornando-a mais tolerante.    Analisando o apresentado, aplicar o ensino domiciliar com tantos impasses sociais, econômicos e culturais no Brasil é algo utópico. Com isso, deve ser implementado uma política de conscientização social, no qual demonstre as fragilidades desse sistema de ensino. O ministério da educação e o da família, em conjunto, devem divulgar, por meio de propagandas e panfletagem, nas redes sociais e pontos estratégicos a importancia da criança obter contato com diferentes pontos de vista  e socialização com a diversidade através do ambiente escolar. Fomentando, assim, a parcela favorável ao ensino domiciliar  a reavaliar seu posicionamento e, provavelmente, mudar seu ponto de vista.