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Enviada em: 27/05/2019

A educação domiciliar consiste na prática, na qual os responsáveis legais assumem o papel de ensino formal dos jovens, que é feita em casa. Entretanto, essa ação é contestada pela maioria da sociedade brasileira, por acreditarem que os estudantes não estarão aptos a lidar coletivamente, e, por definirem ideal a didática proporcionada pelo Estado. Fazem-se necessárias, portanto, pesquisas para demonstrar o funcionalismo e a importância do ensino domiciliar no Brasil.  Deve-se pontuar, em princípio, que a socialização é fundamental para o indivíduo se inserir no meio comunitário e, muitas vezes, a educação domiciliar cria barreiras para esse processo. Francis Bacon, filósofo inglês, na sua teoria dos ídolos, na qual afirma que o conhecimento humano é cercado de preconceito, conceituou o “ídolo da tribo” como aquele responsável pelo prejulgamento de indivíduos com práticas distintas, da mesma forma que acontece com jovens que estudam em casa. De fato, essa educação sofre com empecilhos de se inserir, os estudantes, na sociedade desde cedo, porém, felizmente, existem atividades extracurriculares que realizam essa função, como, por exemplo, aulas de teatro.  Ademais, além de ser taxada como meio de isolamento social, a educação domiciliar é considerada inferior do que a proporcionada pelo Estado. No entanto, Paulo Freire, um dos mais importantes educadores brasileiros do século XX, criticava a didática das escolas por elas não incentivarem um pensamento críticos nos estudantes, uma vez que isso é fundamental para a convivência em sociedade, além de o jovem desenvolver sua consciência de mundo. Diante disso, o ensino domiciliar seria o ideal, segundo o pensamento de Freire, já que os responsáveis ou professores particulares realizariam o importante papel de exercitar o pensamento crítico.  Cabe ao Estado brasileiro, portanto, em parcerias com empresas público-privadas, realizar pesquisas referentes à educação domiciliar, aplicando exercícios orais e escritos aos estudantes, para comprovar a tese de que essa modalidade de ensino é tão funcional quanto aquela proporcionada pelo governo federal. Decorrente disso, minimizando o preconceito por ser uma didática diferente da maioria da sociedade, e, fomentando, assim, o pensamento crítico.