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Enviada em: 11/06/2019

De acordo com o escritor brasileiro Machado de Assis, o menino é o pai do homem. Ao dizer isso, o autor releva a importância da infância para a formação dos futuros cidadãos. Tendo isso em mente, a educação é um interesse de toda a sociedade. Sendo assim, uma das pautas discutidas em 2019 foi o ensino domiciliar e seus efeitos no Brasil.  Logo no inicio do mandato, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou um projeto de lei que regulamenta o ensino domiciliar, que havia sido considerado ilegal pelo STF no fim de 2018. Vale salientar, que tal medida pode trazer problemas, uma vez que as experiências que envolvem socialização, resolução de problemas e convivência com as diferenças estão fortemente presentes no ambiente escolar. Desse modo, ao ter uma rotina de estudos em casa a criança não vive em meio a diversidade presente nas instituições de ensino.   Outrossim, ao ter aula com vários professores, com diferentes repertórios e pensamentos, o estudante entra em contato com vários pontos de vista e se torna livre para desenvolver seu pensamento crítico sem a possível imposição de aderir apenas o ponto de vista dos pais e sem o risco de viver em uma bolha social limitada. Além disso, não existem meios eficientes que acompanhem, fiscalizem e comprovem a eficiência dessa modalidade de ensino.   Faz-se necessário, portanto, que caso o projeto de lei assinado pelo presidente seja aprovado pelo congresso, os pais que optarem pela educação domiciliar devem seguir algumas exigências, como levar a criança para atividades extracurriculares visando a socialização e trabalhar todo o conteúdo da base nacional comum curricular.