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Enviada em: 01/06/2019

O livro “Extraordinário" conta a história de August, um menino portador de uma síndrome rara que possuía deformações no rosto e por isso tinha receio em frequentar a escola. A trama se desenvolve pela escolha dos pais de abandonar o ensino domiciliar dado ao filho e ingressá-lo em uma instituição educacional a fim de permitir a saída de sua bolha social. Hodiernamente, o "homeschooling", ou seja, a prática de educar em casa, tem sido tema de debates que envolvem principalmente o problema da socialização.   Primeiramente, é necessário destacar que a escola é uma instituição social e como tal, segundo Émile Durkheim, é fundamental para a formação do indivíduo e manutenção da ordem social. Isso porque nela aprende-se regras de convivência, respeito e a prática da alteridade- exercício de interação entre o eu e o outro. Tal pensamento converge com o do filósofo Aristóteles que afirma que a educação capacita o homem para a sociedade. Nesse sentido, a escolha do ensino no lar limita a socialização e impõe barreiras à comunicação e visão coletiva dos filhos. Ademais, tal conjuntura pode aumentar o isolamento social, conceito sociológico que denota a falta de interação entre indivíduos. Nessa condição, as pessoas estão propensas a desenvolver patologias como distúrbios psicológicos além do que implica às crianças uma maior "prisão" à bolha social, assim como August. Dessa forma, o contato na sala de aula é importante para a prevenção disso.  Depreende-se, portanto, que o Ministério da Educação incentive a escolarização através de propagandas e debates que orientem os pais e mostrem-lhes os benefícios dela. O Estado deve disponibilizar mais verbas e recursos a fim de garantir a qualidade e eficiência do ensino. Apenas assim o Brasil formará indivíduos capazes de tornar o mundo extraordinário.