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Enviada em: 15/06/2019

Desenvolveu-se, durante o período colonial brasileiro, uma importante prática educacional jesuítica criada no intuito da catequização dos índios. Nesse viés, a alienação ideológia proporcionou extrema perda da identidade indigena, suprimida pelo eurocentrismo. Não obstante, formas análogas de ensino são difundidas em meio a sociedade, visto que a educação, por meio de religiões ou domiciliar, está em pauta. No entanto, a longo prazo, as mazelas desse método como a antissociabilidade e o controle ideológico, impostos aos estudantes, são preocupantes.    Em primeira análise, deve-se salientar que, haja vista o sucateamento do sistema educacional no Brasil, grande parte dos pais e responsáveis cogitam a ideia de desenvolver o ensino domiciliar aos filhos, objetivando melhores rendimentos escolares. Entretanto, a dinâmica social proporcionada nas escolas pode ser afetada drásticamente nesses métodos de ensino, visto que o estudante torna-se mais suscetível a antissociabilidade. Sob essa ótica, já afirmava Bauman, a respeito da individualidade humana crescente na atual modernidade líquida. Sendo assim, a tendência é que o individualismo aumente, dificultanto posteriormente, as relações sociais desses cidadãos.    Além disso, vale pontuar que a imparcialidade ideológica na educação das crianças corre sérios riscos diante da escolaridade domiciliar, pois a possível alienação desses, pelos pais, compromete o senso crítico do estudante. Nesse sentido, como cita Kant, o indivíduo permanece no estado de minoridade, sem pensar por si mesmo, tornando-se objeto de manipulação e prejudicando seu crescimento no âmbito social.   Diante dos fatos supracitados, é necessário que o Ministério da Educação, por meio do redirecionamento de verbas, invista na infraestrutura das escolas públicas que, com melhores condições de ensino, serão mais atrativas e qualificadas. Sendo assim, o objetivo de manter o aluno na escola será efetivo, possibilitando o desenvolvimento da sua integração social e senso crítico, essencial à convivência humana.