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Enviada em: 24/06/2019

No atual mandato do Presidente Bolsonaro, este aprovou, por medida provisória, o direito ao ensino domiciliar no Brasil. Entretanto, esta prática de educação pode causar adversidades na vida dos estudantes, uma vez que há ausência de interação social, o que contribui para o aumento da intolerância, devido a falta de contato com outros grupos e ainda pode comprometer o aprendizado dos alunos, posto que há mais dificuldades de analisar o desempenho.Nesse contexto, tal temática não pode desfavorecer os jovens e merece um olhar mais crítico de enfrentamento.  Primeiramente, é válido reconhecer que o ensino domiciliar compromete a socialização dos estudantes, o que prejudica a interação com diferentes grupos. Acerca disso, é pertinente trazer o discurso do filósofo Platão, no qual ele conceitua a “alegoria da caverna”, descrevendo que muitos prendem-se apenas as sombras da caverna e não analisam a verdadeira realidade que está fora da caverna. Assim, de maneira análoga, reconhece-se que o ensino domiciliar pode proporcionar a mesma prisão aos estudantes, dado que o conhecimento adquirido é alcançado pelos pais apenas ou por conteúdos limitados, sendo que tal realidade afeta o entendimento amplo do jovem , tornando-se muitas vezes intolerante a outros contextos que diferem de sua própria esfera familiar. Logo, a questão do ensino domiciliar transfigura-se como complicada, já que pode causar graves dificuldades aos estudantes.   Outrossim , vale destacar a questão de examinar os alunos que estudam em casa , dado que a falta de avaliações e planejamento sobre essa questão do desenvolvimento pode comprometer o aprendizado. Segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar (ANED) , 7500 famílias praticam o ensino domiciliar no Brasil.Todavia, é preciso observar se esse processo educacional está gerando resultados positivos , com o intuito de validar o nível de aprendizado ,para que os estudantes consigam obter conhecimento de forma planejada e eficaz .Dessa forma, é uma situação preocupante, pois há muitas famílias com a prática do ensino domiciliar e ainda não há mecanismos consistentes de avaliações pelo Ministério da Educação.   Depreende-se, portanto, que a realidade brasileira não favorece a plena aprovação do ensino domiciliar. Cabe as famílias e as escolas, auxiliarem na interação dos jovens, por meio do apoio de empresas, para a formação de eventos culturais , que envolvam diferentes grupos ,com o propósito de que os jovens tenham uma maior socialização com situações divergentes, assim poderá contribuir com o aumento da tolerância. Ademais , necessita-se do MEC aliado ao Estado, para avaliar os alunos que estudam em casa ,mediante à provas anuais, na perspectiva de analisar o desempenho e  aprendizado. , a fim de promover um ensino que proporcione apenas benefícios aos jovens.