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Enviada em: 15/07/2019

A discussão sobre o papel da educação no Brasil é recorrente. A qualidade do ensino público cai ano após ano. Além disso, com uma matriz curricular desatualizada, e uma vasta fonte de informações disponível na internet de forma mais dinâmica, os alunos perderam o interesse pela educação formal.       Diante deste cenário retomou-se no governo Bolsonaro a discussão para regularização da educação em casa, ministrada por pais ou tutores. A proposta é transferir para a família a responsabilidade que hoje pertence ao estado. Os que defendem a prática, alegam uma melhora no aprendizado efetivo, com turmas menores e um responsável focado no aprendizado de cada membro. Contudo, não se considera nessa situação as famílias em situação de vulnerabilidade social, em que os pais pouco se interessam pela educação de suas crianças.       Por outro lado, a instituição tradicional de ensino têm se mostrado cada vez mais ultrapassada. Temos na estrutura curricular e metodologia com os mesmos temas abordados há mais de 50 anos. Entretanto, os estudantes de hoje fazem parte de uma geração bem informada, questionadora, e com acesso a conteúdo atualizado e dinâmico, disponível na internet. Portanto, quando as fontes de aprendizado competem entre si, há um desinteresse natural pela escola, que não traz o novo, ou o aplicável ao cotidiano dos alunos.       Temos portanto mais um desafio na formação dos brasileiros. Se por um lado a educação familiar pode ser uma saída para os mais abastados, ela não se aplica aos menos afortunados. Esses últimos necessitam de educação de qualidade, fornecida pelo Estado. Para sanar tal problema, é necessário o investimento por parte do Ministério da Educação na modernização do ensino. Esse deve ser acessível e atrativo para todos. Para isso deve-se dinamizar a base curricular, atualizar professores e metodologia, em consonância com as ferramentas digitais e conteúdos da atualidade, tornando o aprendizado interessante.