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Enviada em: 13/08/2019

O ensino domiciliar é um pratica que data de antes de cristo. Os pais ensinavam como viver, como se comportar em sociedade e até a profissão que os filhos deveriam seguir, de acordo com documentos históricos como a Bíblia. Com a evolução da ciência essa prática foi cada vez mais deixada de lado para dar lugar a professores com instrução e a tocha do conhecimento passou dos pais para as escolas. Nesse contexto, a volta do ensino domiciliar no Brasil preocupa, por apresentar diversos problemas, entre eles, a desvalorização da classe de professores e o aumento dos preconceitos nas gerações futuras.  Sob o primeiro viés, um aumento do ensino domiciliar significa que os professores não são mais necessários, tendo em vista que passa para os pais ou tutores do jovem o papel de instruir sobre os conhecimentos acadêmicos. Isso se mostra um problema, pois a longo prazo, essa classe será cada vez mais desvalorizada porque perderá seu poder de reivindicação, pois não será mais o pilar da educação, consequentemente ex-professores sem outra alternativa, muitos irão ingressar na vida do crime o que ocasionará um aumento da violência urbana. Prova disso, são dados do Ministério da Educação que mostram o baixíssimo salário de professores das escolas públicas de primeiro grau, que recebem esse salário baixo mesmo sendo o pilar central da educação brasileira atualmente. Além disso, as escolas ajudam a conviver com a diferença o que estimula o diálogo e como resultado a não proliferação de preconceitos, como os raciais e de gênero. Com um ensino centrado em casa com as mesmas pessoas cria-se uma bolha semelhante aos jornais na Ditadura militar que propagavam sempre a mesma notícia o que criava uma sensação de normalidade para diversos crimes absurdos, como a tortura, praticados pelo Regime. Isso se mostra um problema, pois em bolhas não existem diálogos  e os problemas não são trabalhados para serem superados.  Fica claro portanto, que a educação domiciliar não é uma boa opção para o enriquecimento intelectual da população e deve ser combatida ao invés de encorajada. Para tal feito, o Governo brasileiro não deve estimular o ensino domiciliar e continue a proibir a prática, tendo em vista que não possui reais benefícios para a nação. Ao invés disso, o Estado deve oferecer melhores condições de trabalho para professores por meio de estímulos financeiros aos municípios para que possam oferecer melhores salários e aumentar a qualidade dos profissionais, para que, a médio prazo, a qualidade dos profissionais aumente e isso se reflita em crianças mais preparadas que se tornarão adultos abertos ao diálogo o que irá reduzir muito os preconceitos propagados na sociedade brasileira, além de gerar mais pessoas apaixonadas pela profissão de ser professor e valorizar a profissão frente à sociedade.