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Enviada em: 05/09/2019

A educação domiciliar é uma modalidade de ensino comum no exterior, que consiste basicamente na contratação de professores para lecionar às crianças em suas casas, dessa forma, os pais tem maior controle sobre as informações que chegam aos seus filhos. No Brasil, hodiernamente, o tema é alvo de polêmicas a respeito da efetividade de sua aplicação. Nesse contexto, é imprescindível discutir os fatores que caracterizam a problemática.    Em primeiro plano, é importante citar o papel da família nessa situação. É indubitável que o ambiente domiciliar é vital para a agregação de valores fundamentais para a formação do cidadão. Segundo Antônio Carlos Gomes,idealizador do ECA, a partir do momento em que as crianças ficam ''soltas'' na comunidade, há uma perda de referências importantes para o desenvolvimento de uma base sólida. No entanto, apenas a presença parental não é suficiente. Impende-se que sua participação no processo, junto aos professores, tenha um teor moral expressivo, para que seja hábil a substituição das escolas tradicionais em detrimento dos domicílios.   Sob outra perspectiva, é possível destacar a inoperância estatal como um  catalisador. Nesse sentido, é nítido que o Brasil apresenta um visível descaso das autoridades em relação à educação pública. A falta de infra-estrutura adequada em salas de aula e a má remuneração dos docentes caracterizam essa face do problema. De acordo com dados do G1, cerca de 70% dos alunos da rede estadual terminam o ensino médio com conhecimentos precários de português e matemática, fenômeno que pode explicar o desejo dos pais pela educação em casa.    Em suma, é necessário encontrar saídas para o impasse. Logo, o Estado deve, através de um decreto, legalizar a educação domiciliar no Brasil, como alternativa para as famílias insatisfeitas com o processo convencional, bem como investir efetivamente no ensino público, afim de torná-lo excepcional, para aqueles que não podem pagar por professores particulares, solucionando assim a questão.